quarta-feira, 31 de agosto de 2022
Dia de Teatro
quarta-feira, 24 de agosto de 2022
sábado, 20 de agosto de 2022
1046 - A Hora da Estrela - (tomo V) .
Apresentação para quem importa...
Todas as apresentações importam e muito, mas quando voltamos nossos olhos para os adolescentes, e principalmente, quando conseguimos de alguma forma toca-los, então devemos nos alegrar pelo dever cumprido, É definitivamente o público mais exigente, mais difícil de alcançar. É preciso reinventar-se, estar na moda, falar de assuntos no ponto certo, ser sincero e um pouco impositor, não dá para enfeitar muito se isso não tiver consistencia. Pois bem, a apresentação de A Hora da Estrela teve tudo isso e muito mais. Não sei se devido a apresentação do Mäschara na noite anterior que deixou os atores "a ponto de bala", ou se a substituição de elenco que aconteceu, ou o horário da apresentação, ou ainda por se tratar da ultima apresentação de uma temporada mista que se estendeu entre quinta e segunda-feira.
O preludio de Cléber Lorenzoni no inicio do espetáculo foi assaz contundente, embora quase o tenha perdido. A porta do auditório manteve-se fechada e tive que fazer toda a volta por dentro da escola, o que foi bom, já que assim relembrei o tempo de normalista. Minha neta mais nova estava entre as turmas e foi por ela que tirei a temperatura da conversa "reta"de Lorenzoni. Teatro as vezes é muito chato(...), dignidade aos artistas (...), respeito (...), arte (...). Só aquela conversa serviria como uma oficina sobre artes, uma aula!
No palco um elenco talhado a dedo, como se com um formão, o "ENCENADOR" tivesse moldado suas outrora peças de madeira bruta e lapidando-as, criado as obras de arte sobre o palco. Se as atrizes de primeiro escalão estiveram poderosas, as de segundo não deixaram a desejar. Carol Guma perdeu algumas piadas, como "mulher que não se ajeita, termina sozinha". Eliani Aléssio é uma explosão assim como Laura Hoover que brilha sozinha no topo da piramide.
Alessandra Souza esteve bem na cena, mas não deve esquecer que tem grandes escadas ao seu redor, como Clara Devi, a propria Eliani Aléssio e hoje o colossal Cléber Lorenzoni. É interessante o trabalho de boas duplas. Quanto mais poderoso ficava o Olimpico na cena, quanto mais o público ria de si, mais Macabéa ficava pequena, desprotegida e frágil. Não sei como é para Alessandra Souza contracenar com o diretor assim, de repente, mas imagino que seja um desafio estimulante e assustador. Diretores veem coisas que os atores não enchergam, pois estão contando uma historia que habita em suas mentes e la ela já está contada. Então mil possibildiades se abrem. Houve um certo virtuosismo exagerado, mas que no fim das contas estimulou e atraiu a plateia.
A iluminação somente nesta ultima apresentação da temporada, pareceu firme e decidida, mas ainda acontecerem penunbras e atores sem foco. Uma lástima para uma historia tão bem contada e um Grupo tão tradicional.
Soube que alguns artistas quando leem as criticas, não se importam muito com minha contribuição enquanto crítica, e sim com a "nota"no final da resenha. Uma pena, é talvez nas entrelinhas dessa analise muito simples e carinhosa que faço, que podem estar respostas para encenações que ainda poderiam crescer e muito. A nota, vocês mesmos ja tem capacidade para se dar. Basta olhar o semblante do diretor, o respeito dos colegas ou ouvir o calor do püblico na hora do aplauso. Cada ator sabe quando deu apenas cinquenta por cento, quando atrapalhou nos camarins os colegas com seus pontos de vistas egoístas ou espertalhões. Quando poderia ter ajudado, mas em seu centrismo, acha que já fas muito por estar ali. Quando ganha um troféu ou uma indicação e pensa ter alcansado o Olympo dos Deuses da arte. Quando ganha um pouco mais de funções e aje com tirania. Quando é razoavelmente bom ator e pensa que o mundo assina embaixo, mas o mundo é grande e nem sabe de sua existência. O palco é imenso, a coxia é bem pequena, nela só há espaço para o trabalho. O Camarim é grande, sabem por que? Para "EQUIPES" trabalharem la dentro. O teatro é muito mais feito para dentro do que para fora. O que se cria no teatro são grandes comunicadores, lideranças, carreiras... Pergunte-se qual a semente que você está plantando e o que irá colher. Como diz um amigo meu: -Teatro qualquer um faz! Agora porpagar uma mensagem, melhorar o mundo, isso é tarefa de poucos.
O melhor: Aqueles que geraram assunto durante dias, que ficaram na mente da spessoas, que foram para casa em seus corações. Que se sacrificaram na técnica ou no palco sem precisar se gabar por isso, bomt rabalho aparece sem que se precise falar.
O pior: Os que frustraram outros ou se frustraram por seu olhar equivocado do teatro que o Máschara faz.
Arte é Vida
terça-feira, 16 de agosto de 2022
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
1045 - A hora da Estrela -(tomo IV)
O espelho tem duas faces.
Assistindo o espetáculo A Hora da Estrela e nostalgicamente recordando o projeto cena às 7, que foi sucesso durante quase 15 anos, eu devo parabenizar os artistas do Máschara pela iniciativa de retornar ao palco com espetáculo de teatro. Ora, já estávamos suficientemente servidos de grandes espetáculos a céu aberto como A Paixão de Cristo e o Auto de Natal mas espetáculos como este, em palco italiano, espaço concentrado, faz uma falta demasiada. Nós queremos nos emocionar no escuro da sala de espetáculos, queremos chorar baixinho ou rir até nos desfigurarmos, sem que estejamos sendo vistos ao ar livre. Precisamos nos exorcizar, nos catarzear...
A Hora da Estrela, um texto de determinada complexidade, escrito no século passado por uma autora na iminência de sua morte, e essa mesma escritora se coloca na obra como um anjo maligno muitas vezes que judia e maltrata sua heroína. Porém, a obra literária é uma, e a obra teatral outra. É preciso ter lapidação artistica para compreender essa máxima. O palco tem direção de Kleber lorenzoni! Sua Macaéa, e quando digo sua é pelo fato de que tudo sobre o palco perpassa a mente do diretor, ainda que haja o trabalho de atriz,é a visão do diretor que ergue das folhas do livro e triangula o esquema humano sobre o palco. Como dizia,a Macabéa do espetáculo tem um destino digamos, poético, distante da realidade nua e crua por assim dizer: nascer, viver, morrer, em Kleber lorenzoni tudo é mais dramático mis onírico: viver nascer sonhar arriscar morrer e transcender. Praticamente o destino do herói grego.
Durante pouco mais de 60 minutos, quase nos chocamos com tamanha malvadeza gratuita direcionada a jovem mulher que veio do nordeste tentar a sorte (embora nem esse objetivo a pobre Macabéa parece carregar). Kleber Lorenzoni nos dá dois seres iguais: o feminino e o masculino, que se completam. Macabéa e Olímpico; se observá-los de perto, ambos tem o mesmo corte de cabelo e penteado, carregam a mesma simplicidade e buscam sem saber a mesma coisa: um lugar ao sol no sistema patriarcal em que vivemos. Já era de se esperar ver Macabéa sucumbir, mas a cena consegue emocionar até os mais frios. Brinca-se muito em cima "daquilo", embora não seja comedia, nem drama, o que é A Hora da Estrela? Se não vejo ali comédia de costumes? Tragicomédia? Melodrama? Podemos ficar horas debatendo.
Sem sombra de dúvidas um grande elenco, com grandes atuações. Laura Hoover está divina, e Alessandra Souza cumpre sua tarefa com postura de grande atriz. Aliás, a voz mais potente e bem pronunciada sobre o palco. A iluminação cresceu, amadureceu e o final foi só emoção!
Alguns atores estão enredados em volumes baixos e interpretações voltadas para o palco. É preciso quebrar a caixa preta. Ricardo Fenner está por exemplo com um hiato muito curto. Me parece que sua cena era mais recheada na ultima vez em que assisti ao espetáculo. Também acho que não convém se emocionar tanto, afinal ele não conhece a historia de Macabéa. Quem deve emocionar-se é a plateia. Maria da Penha, quando responde à Graça, equivocou0se e passou a informação de que é casada, o que destoa da ideia e do livro. Nãos ei qual o objetivo. As meninas radialistas precisam usar mais as "ancas" na proposta do diretor. O radialista parece mais vedete do que elas.
Linda a cena das cartas do tarô, resumindo e unindo mitos, magias e crenças em um único espetáculo. Parabéns ao diretor que consegue orquestrar tudo em cena.
Para encerrar, eu convido todos, a se jogar, o palco deve ser o trapézio do ator. Precisa ser bom, doer um pouco e gelar a barriguinha!
O Melhor: A interprete de Merlym Monroe
O pior: Os volumes baixos.
Eliani Aléssio: (**)
Romeu Waiser (***)
Carol Guma (**)
Antonia Serquevittio (**)
Laura Hoover (***)
Douglas MAldaner (***)
Clara Devi (*)
Raquel Arigony (**)
Ellen Faccin (**)
Nicolas Miranda (**)
Vitoria Ramos (***)
sábado, 13 de agosto de 2022
1041,1042,1043,1044 - O Menino do PAstoreio (tomos IX,X,XI,XII)
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
1038/1039/1040-O menino do Pastoreio (tomos VI,VII,VIII)
Sempre que se decide falar sobre questões sociais ou assuntos polêmicos, é necessário observar se há capacidade de controlar situações, que possam sair do controle devido à incoerência ou o falta de domínio das mesmas. Questões raciais nunca esquentaram tanto os debates como na última década quando parece ser procurar sanar o problema centenário com gestos palavras o posturas ditas corretas ou politicamente incorretas. O menino do pastoreio é uma que vais e transformando de acordo com as épocas, embora assim seja o olhar que devemos ter com qualquer obra. O mundo vai mudando e o teatro deve mudar com ele.
Hoje em dia quando se fala de menino do pastoreio, há quem pense que não devemos mais falar dessa historia. Eu por outro lado, penso que são essas narrativas pesadas, que levantam debates, que devem ocupar o palco. Mas e quando se fala em teatro educação?
O menino do pastoreio passou por mudanças entre a primeira apresentação do dia e a terceira. O que nos dá o exato tom de que o teatro é verdadeiro, vívido. As interpretações de Nicolas Miranda e Cléber Lorenzoni nos dizem isso o tempo todo. O jogo entre os interpretes de Izidoro e do Estancieiro acabam por agregar uma deliciosa triangulação. O clima das interpretações começou um tanto fraco, estreia de de Raquel Arigony e Antonia Serquevitio, foi durante o dia se aprimorando. Interpretações bonitas, fortes. Clara Devi, para quem os "cartola" torcem o nariz em alguns momentos por causa da dicção precária. O prólogo lindamente iluminado em contraste com as fugas de luz e os pontos sombrios do palco. A musica lindamente escolhida em contraste com as vozes baixas em determinados momentos.
Renato Casagrande é um grande ator sobre o palco, sua personagem é bastante intrincada nesse espetáculo, pois representa o Brasil Colonial com seus senhores de engenho e suas senzalas. Talvez na busca por mais leveza, possa pesar nas emoções. Clara Devi e Antonia Serquevitio podem se dedicar mais na dicção e nos volumes. Raquel Arigony precisa propagar o sagrado de forma mais perspicaz.
A equipe técnica, se o espetáculo pretende cumprir-se enquanto produto teatral eficaz, deve ser maior do quem um único técnico fazendo som e luz.
Para encerrar, um prólogo bonito, mas as vezes exageradamente perigoso em um espetáculo infantil/educativo. Talvez o termo educativo levante muito debate, mas quando se propõe a levar teatro para alunos da rede pública, você está falando de teatro educativo. O diretor que pausa uma cena para educar o público (e o faz com muita elegância), está sim educando. E isso é bom, educar através da arte. Mas é preciso tomar cuidado para não estragar o assado.
O Melhor: A triangulação dos anciãos em cena.
O pior: O texto baixo para um espaço de teatro tão grande.
Ficha Técnica:
Dramaturgia e Direção de Cléber Lorenzoni
Elenco: Nicolas Miranda (***)
Cléber Lorenzoni
Clara Devi (***)
Antonia Serquevitio (**)
Raquel Arigony (***)
Renato Casagrande
Contraregragem:
Fabio Novello
Portaria:
Laura Hoover
Ricardo Fenner
Apoio:
Dulce Jorge
quinta-feira, 11 de agosto de 2022
1037- Quem matou Aparecida (tomo 001)
Foi de uma enorme sagacidade, perspicácia mesmo, quando o grupo teatral máschara desenvolveu a hierárquica projeção dos status relacionados aos artistas do grupo, pelo fato supostamente lógico, mas nem tanto, de que o trabalho dos membros de toda a equipe das artes cênicas ligadas ao grupo Máscara, são iguais embora com a possibilidade dinâmica de aperfeiçoar-se, desenvolver-se e aprimorar-se. E essa deve ser sempre a busca de quem é do palco: melhorar, pesquisar, crescer...
Na noite da última quarta-feira um texto singelamente "esculpido", esse é o termo que ele merece, devido às tantas possibilidades estéticas, sentimentais e reflexivas. FerreiraGullar escreveu "Quem matou Aparecida"? a historia de uma favelada que ateou fogo as próprias vestes, em 1962, com a roupagem do CORDEL. O Concrestimo e o diálogo com a cultura popular, empregaram à Gullar um espaço único no estrelado céu de escritores brasileiros.
Eu que não me recordava mais desse texto, me surpreendi com interpretações razoáveis dos atores status 2 e 3 Fábio novelo e Alessandra Souza. A premissa muito simples: textos de uma mulher sofrida de nome Aparecida e seu contexto enquanto criatura brasileira pobre do sexo feminino já nesta descrição todos os preconceitos e pontos de vista guardados dentro de nós em uma sociedade patriarcal e machista dão o tom do que se pode ver no palco na interpretação de Souza. Uma atriz de mordida... Uma atriz forte, visceral e que as vezes esbarra no piegas.
O desenho de cenas é original, criativo. O ritmo intenso, bonito. Mas certamente era uma estreia, pois o aprumo, o cuidado,o alinhavo e a assinatura típicas do grupo teatral máscara não se fizeram presentes; era uma performance, foi nos dito mas havia nela princípios de começo meio e fim, básicos e necessários em um bom espetáculo. Mas parecia haver ao mesmo tempo uma despreocupação com o "espetacular". A intérprete é forte mas às vezes não canaliza a sua força e a transforma em peso, peso esse que se encontra em contraste com as tábuas leves do sagrado palco do auditório do Instituto Annes Dias. As energias retumbaram abafando o bonito texto de Ferreira Gullar. Ora precisamos e queremos atores e atrizes leves que quase não encostem os pés no chão. Mas a carga emotiva o desenho as linhas do corpo são típicas dos bons atores do Máscara, herança certamente de um trabalho que começa ainda na década de 90 com Dulce Jorge e vai se transformando. Fábio novelo faz as vezes de contra regra, diretor ator e ator contador: há uma base neutra que se transforma em várias figuras. Porém esta base neutra precisa de mais detalhe, uma construção maior. Um mérito muito bonito é a sutileza com que ele passeia pelo palco quase sem ser visto, enquanto a personagem de Aparecida assume a postura de atriz principal.
Aparecida é um bom começo de algo que pode se tornar muito grandioso.
Basta ter sensibilidade..
Melhor: A coragem e disponibilidade dos dois atores sobre o palco
Pior: A desorganização da equipe envolvida.
Fabio Novello
Alessandra Souza
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
MXIX - A Hora da Estrela (tomo 3)
Eu sempre acreditei que o maior perigo, é não conhecermos a maldade do mundo, a maldade do homem. Assim é Macabéa , a personagem principal de A Hora da Estrela, Romance ou Novela-ninguém sabe ao certo- que vem se tornando uma obra clássica da literatura brasileira. Macabéa vem do mesmo lugar que foi lar de Lispector ao chegar no Brasil ainda menina. No Rio, ela vai aprendendo através dos que a cercam, que não há lugar para si. Seja pelas moças com quem divide o quarto, pela forma como a Dona da pensão a trata, ou quando é lembrada de sua inadequação, seja pela colega Glória ou pelo cruel namorado Olympico de Jesus. A veterana atriz Alessandra Souza dá continuidade ao trabalho que Kauane Silva iniciou em 2019, e embora tenha trazido toda uma nova bagagem, mantém a chama proposta pela direção do espetáculo. Agrega aí organicidade e talento.
A coerência da linguagem e a escolha das forças motivacionais dessa versão, passam longe de versões conhecidas como a filmagem de 1985. Aqui a "pegada" é expressionista e embora alguns colegas não compreendam ainda a proposta, conseguem propagar uma estética intensa e complexa. O palco para Cléber Lorenzoni é um espaço de desabafo e crítica, seus pontos de vistas ficam muito claros quando os atores conseguem cumprir o que se espera deles.
O palco de Itaqui é imperial, e dá o tom correto e digno do trabalho do encenador. Acústica e aparelhagem só falharam no que tange a iluminação do espetáculo, que ficou muito aquém das capacidades com que o Grupo subiu ao palco em outros momentos. A trilha sonora embora maravilhosamente escolhida, esbarrou algumas vezes, talvez por nervosismo da técnica ou falta de prática no aparelho do festival.
Quando li pela primeira vez a obra, ainda muito jovem, jamais imaginei aquelas figuras, tão triangulares, tão bem delineadas. Seres repletos de crueldades, capazes mesmo de empurrar alguém até a boca do precipício. O brilho do elenco feminino, o crescimento a olhos vistos de atrizes como Antonia Serquevitio e Caroline Guma, a sutileza do trabalho corporal de Clara Devi ou ainda a beleza com que atores antigos da trupe entraram em cena, foi muito bonito. Um espetáculo que tem para mima que admiro o Máschara, cara de família. Atores iniciantes, atores da velha guarda, alunos, artistas renomados, todos juntos colaborando para que a arte teatral se cumpra.
O grande mérito do trabalho do Máschara para mim é a capacidade de fazer rir e chorar, um verdadeiro vendaval de emoções, de sensações. E as palavras finais ficaram em minha mente: O trabalho de atuação do público. Impecável!
O Melhor: O trabalho de grupo!
O Pior: As pessoas que não compreendem o que significa "grupo"
Alessandra Souza
Renato Casagrande
Cléber Lorenzoni
Dulce Jorge
Ricardo Fenner
Fábio Novello
Douglas Maldaner (***)
Clara Devi (**)
Antonia Serquevittio (***)
Caroline Guma (***)
Laura Hoover (**)
Raquel Arigony (**)
Ellen Faccin (**)
Nicolas Miranda (**)
Pedro Moraes (**)
Romeu Waier (**)
Eliani Alessio (**)














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