terça-feira, 30 de novembro de 2021
O Final do Auto- Um Milagre de NAtal - (2018)
domingo, 28 de novembro de 2021
976-Infancia Roubada - tomo 5
Basta de Violência
"Você recebe exatamente o que dá ao teatro, nem mais nem menos. As vezes os atores propagam seu sacrifício, que abriram mão disso e daquilo pelo teatro. No entanto é lá no palco que aparece sua entrega".
A manhã da sexta feira, dia 26 de novembro, foi surpreendente, por que levou ao público uma outra roupagem do Máschara. O pancake branco e as coreografias vibrantes deram espaço a reflexão intensa da luta pelos direitos femininos. A coordenadora do centro de referencia Maria Mulher frisou: - Hoje não é um teatro para rir... é um teatro para chorar... -Chorar sim, pelas famílias, ricas ou pobres, de quaisquer raças, que passam por situações horríveis dentre suas quatro paredes. Quem passa do lado de fora muitas vezes não toma conhecimento, mas muitas familiais estão doentes.
Uma vez alguém perguntou ao diretor Cléber Lorenzoni, se o Máschara tinha ideologia. Ei-la, presente em vários espetáculos, e aí friso os três últimos: O Menino do Pastoreio, Tem chorume no quintal e Infância Roubada. Os três escritos e dirigidos por Lorenzoni. O público do Máschara tem acesso a vários assuntos, dentre eles, os assuntos atuais em discussão. No compilado de sexta feira, eu vi a homofobia, o abuso infantil, a violência domestica, o conflito de gerações, o abuso de poder... Mas vi também grandes atuações.
A notória exuberância de Eliani Aléssio chamou a atenção, e destacou-a e muito dor estante do elenco que acabou por atuar como escada para seu gol. (Não esqueçamos que o teatro, a cena é sempre um jogo! Na dramaturgia de Cléber Lorenzoni, Nice e Flávia são duas mulheres maltratadas por seus companheiros, classes sociais bastante distintas que se encontram nas tramas da vida criada pelo diretor.
O tempo é percebido também através do desenho do espetáculo que nos apresenta uma convenção muito bem traçada. O fator motivador da ação é sem duvida o espancamento de Nice na primeira cena, que vai encontrar desfecho quando a própria retorna para casa e se liberta de suas amarras.
No palco Renato Casagrande rouba a cena como Tânia e ao lado de Cléber Lorenzoni, Vitoria Ramos e LAura Heger, conseguem dar um respiro cômico entre tantas coisas terríveis que o espetáculo mostra. Lorenzoni modificou com exatidão a trama, e o olhar sobre Nice também se transformou, já que agora Flávia e Rafaela pressionam para a catarse da primeira.
Adaptar um texto não é tarefa fácil, pois é preciso encontrar um lugar confortável que toque vários públicos, que seja coerente, que tenha transformações não muito rápidas e nem muito lentas. Talvez o maior mérito dessa versão, é que Cléber queira dizer que todos somos capazes de nos reinventarmos. Fazermos melhor na segunda vez, reconhecermos onde erramos e principalmente percebermos os que nos cercam, e o quanto também dependem de nós.
Transformação e reinvenção são palavras chave do Máschara, o teatro é fruto de reflexões e de estudo, quando se trabalha em comunhão com o mundo ao seu redor e busca-se a mensagem correta, há uma longa trajetória que nos que não somos do palco não percebemos. A preparação de cada artista, sua estruturação em busca do tempo certo para receber um papel. Infância Roubada começou a ser preparada em 2017 ainda e passou por várias formações. Na estreia quem era agredida, era Raquel Arigony e o jovem Nicolas Miranda já dava seus primeiros passos no palco. Mas teatro não é reflexo de "eu quero", "eu acho", "eu sei". Se assim fosse, mais parecia um circo de pulgas formado às pressas em meio a uma quermesse de cidade pequena. O produto sobre o palco precisa ser perfeito, o público, a máquina exigem isso e isso exige maturidade, liderança e prática.
Stalin Ciotti merece palmas pela sutileza com que trabalha, assim como Laura Heger, o teatro vive nos detalhes.
No palco alguns atores podem buscar mais potencia vocal, Antonia Serquevitio pode trazer mais emoção a personagem, e Laura Hoover poderia nos dar o prazer de vê-la em mais espetáculos. A interprete de Nice talvez pudesse acrescer à personagem um tom mais grave na voz, o que a deixaria mais mãe, mais sofrida.
Palmas a quem merece, palmas a quem estuda e trata o teatro com seriedade. Teatro é algo serio, é recurso, é entrega, é estudo.
O melhor: O apoio dos artistas Fabio Novello, Raquel Arigony e Romeu Waier para que a apresentação fosse um sucesso.
O pior: a falta de integração entre atores nos ensaios
Casa de Cultura - 26/11/2021
Basta de Violência
Dramaturgia: Cléber Lorenzoni
Eliani Aléssio (***)
Antonia Serquevittio (**)
Samuel Ciotti (***)
Laura Heger (**)
Vitoria Ramos (**)
Laura Hoover (**)
Equipe Técnica:
Clara Devi (**)
Fabio Novello (**)
Arte é Vida
A Rainha
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
975-O Menino do Pastoreio (tomo V)
Teatro é a arte de equipe
Equipe é quando você se importa com o todo, não existe um ator em cena, mas um corpo vivo, único. Todo ele vibra junto. Quando você pensa em equipe sua cena já não importa tanto, importa mais o espetáculo como se ele fosse uma única grande cena. No senso de equipe você entra em cena e pensa em como ajudar a cena do colega, a ser boa, você joga a bola para ele o tempo todo. Como no exercício do balão, que a alguns anos era muito praticado na ESMATE.
Um espetáculo com tantas trocas de roupa e cenas rápidas acaba acontecendo muito atrás das cortinas, da rotunda, e deu para perceber isso na apresentação desta terça feira em uma escola do município de Pejuçara. Os atores rapidamente se resolviam, e uma história muito doce, encantadora, era contada.
Cléber Lorenzoni conseguiu orquestrar um espaço ótimo e as crianças ainda que pequenas, ficaram totalmente absortas no espetáculo. O diretor/ator ainda conseguiu adaptar alguns momentos muito próximos entre as crianças e o Compadre Isidoro. Um comunicador. O teatro não pode ser algo estanque, petrificado...
Clara Devi precisa limpar alguns momentos, triangular. Por exemplo, quando Nerêncio cai, ela precisa marcar bem os momentos. Primeiro chocar-se, depois correr até ele. Depois encerrar a cena com Isidoro, entregar o saco de dinheiro de forma visível, para que o público compreenda que para os senhores fazendeiros, pouco importava a vida dos escravos. Somente depois ela deve se ajoelhar e aí sofrer...
Nicolas Miranda, na cena em que está correndo, não pode esperar o balde com a cobra; na situação que ocorreu por exemplo, devia ter dado mais uma volta até que Laura joga-se de forma correta o cesto. Tanto que CLéber precisou chutar e gritar "olha a cobra". Ou seja, pequenos pecadinhos que estragam uma cena.
Os anciãos do Máschara possuem um mérito: prática e rápidas soluções. Talvez até por isso as cenas com eles sejam repletas de energia. Renato Casagrande compõe muito bem o fazendeiro velho e Alessandra Souza dá um show como Tia Tê.
Os jovens da ESMATE, precisam talvez de mais maturidade. Primeramente, saber que assuntos falados entre os membros do grupo, são assuntos internos do grupo. Fofocas, intrigas, e imaturidades, geram desconforto e estragam o crescimento da equipe.
Fabio Novello é um grande técnico, com soluções rápidas, e pode tomar decisões as vezes sem precisar da permissão do diretor. Isso é ser ancião deliberativo.
O Menino do Pastoreio é um grande espetáculo, que deve ser muito apresentado e merece um festival de teatro para ele. Basta que cada um faça sua parte. Cuidar mais os detalhes, a bacia de plástico por exemplo destoou bastante assim como o machado que Nerencio carrega.
O Melhor: A solução de cobrir o espetáculo com panos pretos.
O pior: A cena da parelha, que ficou muito prejudicada e pouco compreensível.
O Menino do Pastoreio
Texto e direção - Cléber Lorenzoni
Elenco:
Cléber Lorenzoni (***)
Renato Casagrande (**)
Alessandra Souza (***)
Clara Devi (**)
Laura Heger (**)
Nicolas Miranda (**)
Equipe Técnica:
Fabio Novello (**)
Antonia Serquevittio (**)
Ellen Faccin (**)
Arte é Vida
A Rainha
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
973/974 - O Menino do pastoreio (tomos III e IV)
Cada vez que o Máschara viaja, leva com eles duas premissas: a certeza de que deve levar o seu melhor as cidades que os contratam e a necessidade de encontrar uma ponte de comunicação com a população daquela comunidade. Quem contrata artistas, quer fazer um dia diferente em sua cidade, oferecer alegria, colorido, diversão e lazer ao seu público.
Assim sendo, algumas cidades escolhem o Máschara por ser uma das Cias. Teatrais mais profissionais do interior. O Máschara não chega e oferece qualquer coisa ao público. Há uma preocupação com o ambiente, com as cadeiras, com a luz, com o melhor que se pode colocar sobre o palco.
Um dos pontos altos, é sempre a acolhida com que o diretor explica e reflete seu trabalho, aproximando a equipe do público. O menino do Pastoreio é um grande espetáculo, precisa é claro de alguns ajustes, mais ensaios, talvez?
Nicolas Miranda abraça Nerencio, sobre quem se passa a história e precisa correr atrás de mais força cênica. Sua interpretação é ótima e capaz, mas todo dia é um dia para aprender mais. Tomar cuidado para não gaguejar. A cena inicial ficou muito linda nesse formato mais longo, mas senti uma certa lentidão nas trocas de cenas. O Estancieiro e Nerêncio podem e precisam ser mais poéticos na cena em que falam dos cavalos.
A cena da queda do cavalo, durante a parelha também me pareceu prejudicada, um tanto gritada. O espetáculo, dentro do grupo dos espetáculo fabulosos, onde figuras mitológicas solucionam as dores dos mortais. Alessandra Souza esteve perfeita, e a fala "sou a madrinha de quem não a tem" parece um ótima ponte com o fato da mesma atriz interpretar Tia Tê.
Laura Heger tem se mostrado a cada dia mais vivaz e joga com perfeição com Clara Devi, esta última no entanto precisa as vezes de mais recurso, quando cabe a ela o improviso.
Uma pena Renato Casagrande ter optado por tirar o bife tão bonito, que na segunda encenação colocou de volta. Um dos pontos altos e que nos dão a medida certa de quem é o estancieiro.
Cléber Lorenzoni como Neco me pareceu desconcentrado e o dia foi certamente do compadre Isidoro. Algo que me chamou a atenção foi o fato de na plateia haver crianças de idades muito distintas, o que complica e muito o trabalho dos atores. Cada espetáculo é feito e pensado para um público específico, quando o ator muda esse público, precisa usar de todo seu recurso para adaptar-se, para recodificar o espetáculo. Quando se colocam públicos de várias faixas etárias juntos, aí realmente o ator encontra um tour de force.
O Menino do Pastoreio reúne praticamente os melhores atores em capacidade de viajar... E Cléber Lorenzoni, embora tenha colocado um principiante como protagonista, o que funciona muito bem, já que a imaturidade de palco, ajuda Nicolas Miranda a parecer um jovem menino inseguro. Em contrapartida os atores ao seu redor, parecem poderosos homens e mulheres brancos no mundo da escravidão. Sendo assim, é importante Nicolas Miranda manter essa sensação de imaturidade no papel, mesmo que evolua como ator, afinal, vários atores, quando são ditos "velhos" para um papel, não é porque envelheceram fisicamente, mas por que perderam o frescor de suas composições.
Foram duas agradáveis apresentações.
O Melhor: A união do grupo que é tão necessária para que os projetos fluam.
O pior: A dificuldade em alguns atores em compreender o que significa ser diretor, e quais suas funções.
O Menino do Pastoreio - Boa Vista do Incra
Clara Devi (**)(***)
Laura Heger (***)(**)
Nicolas Miranda (*)(**)
Antonia Sequevittio (**)(**)
Fabio Novello (**)(**)
Ellen Faccin (**)(**)
Arte é Vida
A Rainha
terça-feira, 23 de novembro de 2021
972-Auto de Natal, um Milagre de natal (tomo IV)
O Natal voltou...
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Performance O Tempo e o Vento nº 22
Nem o tempo nem o vento apagarão 30 anos de historia
Nem as brigas, nem os desentendimentos, nem os pensares diferentes, nem os fins de ciclos...
Quando conheci a Dulce, ela ainda era aluninha do colégio Santissima Trindade, e ali, na praça em frente a sua casa, ela ousava fazer pequeninas encenações de situações que ela criava e que já parecia ter a ver com o teatro que algo dentro dela buscava. Em 1992 eu estive na estreia de Um dia a Casa Cai. Giane Ries parecia mais ansiosa que o normal, e se bem me lembro roía as unhas junto à mesa de luz do querido Kiko, que sonorizava e iluminava o espetáculo. Eram os primeiros passos. Uma luta ferrenha foi travada dali por diante. Entre os semideuses lutadores dos palcos. Houve choro, brigas, separações.
Anos difíceis como 1998, quando um desentendimento interno quase tirou Cléber Lorenzoni da companhia. Em 2004 o Máschara se viu diminuto, havia na equipe cinco lutadores que fincaram pé e mantiveram a chama viva até 2005, quando o produtor Roger Castro propôs o projeto O Incidente. Em 2007 novo desastre, separou o grupo em dois lados distintos que tiveram que ser muito fortes para seguir. Em 2013, após o incêndio da boate Kiss, o Máschara ficou sem casa de espetáculos. Foi a vez da Universidade de Cruz Alta oferecer um espaço, que lançou a trupe a um espaço de destaque no município. Em 2018, prestes novamente a ficar sem local, foi o nascimento do Palacinho que estabeleceu o Máschara.
Essas lutas todas foram vencidas porque o teatro rpecisa continuar, a arte é chama intensa que ninguém apaga.
Agora em 2021 o Máschara da um salto, conclui um novo ciclo. E esse ciclo começou ontem na praça, em uma cerimonia simples e delicada. A cena escolhida, foi uma performance, de força antológica. O TEMPO E O VENTO, com um elenco grande, que mudou pouco desde sua estreia em 2018.
A direção alcançou uma formula rápida, um pouco menos rígida, de adaptar determinadas apresentações para formato que casem com o momento. Isso é maravilhoso, pois não deixa o teatro se tornar formal a ponto de não mais tocar a plateia.
Dulce Jorge tem uma figura de densidade poderosa, que nos atrai para o palco. Ricardo Fenner precisa compor de forma mais dinâmica a figura do Padre Lara, não sei o que ele sente, quem ele é? Adicionar a figura de Bolívar é algo maravilhoso, mas como o público pode saber quem são as personagens? Capitão Rodrigo é um clichê de fácil percepção, e embora Cléber Lorenzoni carregue com altivez a figura, precise talvez se mostrar mais bruto. Alguns atores estão passando um pouco da aparência que as personagens carecem. Interessante como todos os atores sirvam para todos os papeis, em quaisquer idades. Mas é preciso compreender em si a que mundo a personagem pertence, a que época e assim construir dentro de si esse lugar.
No chão, os atores dançaram, e devo fazer um elogio, à vida com que o fizeram, principalmente Laura Hoover, Renato Casagrande e Antonia S.. Ouvi nos últimos dias o diretor lastimar-se algumas vezes, em relação a um rótulo que foi depositado sobre o grupo em relação a dança. Sei muito pouco da dança, sei como apreciadora, e o que sei é que todas as vezes que artistas do Máschara ousam movimentar-se usando-se supostamente do conceito dança para guiá-los, o espetáculo é maravilhoso e me emociona.
O Melhor: A direção que sempre escolhe com perfeição os rostos para as personagens que seleciona das obras.
O Pior: A ausencia de tantos e tantas que fizeram o Máschara nesse momento tão importante.
Arte é Vida
A Rainha
domingo, 21 de novembro de 2021
970- Os Saltimbancos - (tomo 37) Feira do Livro de Cruz Alta
Chico Buarque na feira de Livros
Se o prefeito, e os inspetores...
forem apenas, crianças...
Os Saltimbancos é um musical infantil de um letrista italiano em conjunto com um compositor argentino, mas que fez sucesso aqui no Brasil pela adaptação de Chico Buarque, que imortalizou a obra com canções que jamais sairão do coração de muitos adultos por aí. O musical conta a história de quatro animais que, cansados de seus patrões e donos, resolvem ir para cidade tentar a carreira como um conjunto musical. Chegando lá, eles descobrem que a cidade pode não ser tudo aquilo que pensavam e esperavam e precisam enfrentar muitos desafios para se re-encontrarem.
O desafio maior no espetáculo desta tarde, foi o sol, o calor, já que na montagem do Máschara não houve uma preocupação em relação ao bem estar dos atores. E é preciso pensar que longe dos grandes centros, não há palcos refrigerados... O que acarreta por exemplo a total deterioração da maquiagem de alguns personagens, o que é inadmissível. Em determinados espetáculos (peças), a maquiagem que se deteriora ajuda a compor um visual, ou uma ideia, no entanto, em espetáculos infantis, isso soa como descuido.
O elenco está afiadíssimo, e ainda que aconteçam alguns resvalões no quesito dublagem, percebe-se que são situações momentâneas, talvez provocadas pela falta de concentração no espaço aberto proposto ao espetáculo.
A trilha administrada pela atriz Clara Devi, teve alguns altos e baixos, o que levanta o debate de que sempre é preciso um técnico na mesa de som.
Foi uma apresentação interessante, necessária para uma feira de livros, embora um espetáculo teatral dublado precise de uma reflexão sobre o espaço que utilizará para sua encenação, afinal precisa interagir com a plateia. Como eu conheço a trajetória do Máschara, eu diria que compreendo as adaptações feitas para o melhor aproveitamento do público. Assim sendo parabéns, foi possível pensar sobre a união e a questão animal. Faltou claro a militância de Buarque... No entanto defender os animais maltratados pelo bicho homem, também é militância.
O Melhor - O apoio de toda a
equipe para que o espetáculos acontecesse. Raquel Arigony, Antonia
Serquevittio, Laura Heger, Laura Hoover
O Pior- A falta de pontualidade que vem se reproduzindo em várias situações do Máschara
Feira de Livros de Cruz Alta
Samuel Ciotti (***)
Clara Devi (**)
Anciãos (***)
As personagens de O Tempo e o Vento em apresentação na 24ª Feira de Livros de Cruz Alta
Douglas Mardaner - Pedro Missioneiro
Alessandra Souza - Ana Terra
Stalin Ciotti - Licurgo Cambará
Laura Hoover - Luiza Silva
Renato Casagrande - Bolívar Terra Cambará
Antonia Serquevittio - Maria Valéria
Cléber Lorenzoni - Capitão Rodrigo Cambará
Clara Devi - Bibiana Terra
Ricardo Fenner - Padre Lara
Dulce Jorge - Dona Bibiana


















