Prólogo - Peça "Lendas da mui leal Cidade"

Adentra a cena um senhor com aparência de muito velho, tem na mão uma cuia, senta-se a frente de um cavalete com uma chaleira. A volta da fogueira estão sentadas algumas crianças.

Velho: Bom dia gurizada buena... (Silêncio)
Velho: Essa mininada de hoje, até parece que fica surda quando tá com esses negócio engraçado nas mão...
Velho: Pelo visto ninguém me acompanha no café num é mesmo?
Lucas: O senhor falou vovô?
Velho: Eu perguntei se ninguém vai me acompanhar no café...
Giulia: Já vamos vovô é que agora a gente entrou numa sala...
Velho: Ara, mas a vó de vocês acabou de encerar o chão da sala e não quer ninguém la dentro...
Vitoria: Não vô, é aqui na rede...
Velho: Vocês tiraram a rede pra fora, tão cedo?
Giulia; (levantando e abraçando o avô) Nós estamos falando da internet vovô!
Velho: Ih, disso aí eu não entendo nada, mas olha só bagualada, vocês vem aqui pra passar as férias no avô e num largam essa troçaria...
Maria Eduarda Jobim: Mas vô, não fica chateado, é que aqui a gente fala com todo mundo, fica ligado com nossos amigos...
Velho: Ah bão, entonces é uma coisa bagual...
Maria Eduarda Jobim : É, vô e a gente pode falar com pessoas de todos os lugares...
Velho: Oi... como é que vão...
Giulia: Não vô, primeiro o senhor adiciona os amigos, depois fala com ele, que são seus amigos?
Velho: Pois olha meus fío, os amigo do vô são oceis...
Lucas: Então é só adicionar vô...
Velho: Mas óia, num era meió a gente se conversa por aqui mesmo, que da pra se abraçar, dar um beijiho no rosto dessas minhas neta linda, conta uma historia...
Vitoria: Ai vô, o senhor não entende...
Velho: É verdade, o vô doceis num entende, vocês me desculpem...
(entra felipe)
Felipe: Vô vamo brinca? Pega bergamota e desce no açude?
Velho: Mas é pra já, é só o vô termina esse mate...
Vitoria: Quem é esse guri, vô?
Velho: Esse é o naná, ele cresceu aqui na estancia, é fio de uma tia doceis... Meu amigão, corre, brinca, pula, inventa historia...
(Vô levanta, ergue o menino na garupa, meio desajeitado, as crianças ficam com ciúme e vão soltando os celulares e Iphones)
Maria Eduarda Jobim: Nós também queremos brincar vô!,
Lucas:Conta para nós uma historia...
Velho: Pois entonces eu vou contar pra oces uns casos aqui da cidade... Historia de muito tempo... historias de amor e de assustação...





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