“Sucesso
é quando alguém faz o que sempre fez e
alguém percebe”.
Em Santa Rosa o teatro do sesc
é razoavelmente pequeno, uma sala bastante aconchegante. O palco de tamanho
pequeno não chega a ser um problema, no entanto , atrás da rotunda, atores e
contra regras sofreram para executar um bom trabalho. O espetáculo iniciou com
um atraso de quase uma hora, e percebia-se uma tensão, uma insegurança que
colocou em risco o trabalho.
Por outro lado, viu-se sobre o
palco um respeito ao público. Uma técnica vocal valorosa, e um melodrama com
toques modernos muito eloquentes. Passo
a passo, minuto a minuto o espetáculo foi sendo construído. Alessandra Souza,
Cléber Lorenzoni e Dulce Jorge transformaram-se em cena, e outros atores também
se destacaram muito.
Olhai os Lirios do Campo é um
espetáculo de grandes proporções e dimensões. Texto longo, muito atores,
cenário espaçoso e etc... Isso tudo repercute no ritmo, devido aos tempos de
entradas e saídas. A trilha sonora com canções de várias matizes e a complexa
simbologia que perpassa por cenários e figurinos precisam ser muito bem
compreendidos e executados. O Erico que
vemos representado no palco, urbano e romântico, não é muito conhecido, mas o
espetáculo acaba por cumprir sua função.
As cenas de Lirios ganharam mais
ritmo desde a ultima vez em que assisti o espetáculo, e a interprete de Eunice
parece ter encontrado um caminho mais acertado para sua personagem. Douglas
Maldaner se sai muito bem em seu Alcebíades mas seu Jango poderia soar mais
natural na cena com Alzira e Angelo.
Lirios não ficou tão dramático
quanto ficava nos ensaios e isso é bom, já que é um texto que pode facilmente
passar do ponto.
No que diz respeito as questões
técnicas, houve pequenos desajustes que foram claramente resolvidos: Cama
virada, sombrinha emperrada, vestido aberto, atraso do ator Douglas Maldaner na
cena da festa, maleta caída no palco, mesa abandonada no cenário, maleta caída
atrás de cenário, Enfim, detalhes que saem do controle, mas que não devem sair.
Lírios precisa de mais
apresentações e prática.
Aqui alguns comentários falados
no debate do espetáculo.
*As namoradas, mulheres de
Eugênio (Dulce e Alessandra) se saem muito bem.
*O tom nas cenas da família
Fontes, destoam do restante do elenco.
*Rever figurinos.
*Trilha bem escolhida, porém deve
ser executada com maior delicadeza.
*Melodrama feito com muito
respeito
*Adaptação muito bem feita
*Mesas do cenário precisam de um
cuidado mais apurado.
*Maquiagem dos pais muito
exagerada em cena.
*Espetáculo de muito bom gosto.
*Cléber passando muito sua
verdade em cena, muito lindo de se ver.
*Apesar do aperto e problemas técnicos o espetáculo flui.
*Fernanda Peres da muito bem o
tom do hospital
Enfim, uma noite de erros e
acertos como o teatro sempre foi e sempre será. Uma sensação de dever cumprido
por parte do elenco e que Olhai os Lirios do Campo sigam sempre, assim como o
Máschara.
Arte é vida
A Rainha
Alessandra Souza (***)
Evaldo Goulart (***)
Fernanda Peres (***)
Gabriel Araújo (**)
Fabio Novelo (**)
Raquel Prates (***)
Dulce Jorge (***)
Cléber Lorenxoni (***)
Renato Casagrande (***)
Douglas Maldaner (**)
Ricardo Fenner (***)
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