quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Melhores do Ano 2015
Na noite do dia 29 de dezembro, o Grupo teatral Máschara reuniu-se para celebrar seus melhores do ano. Muitos foram os espetáculos em 2015, e muita versatilidade foi mostrada em diversos palcos. Olhai os Lirios do Campo foi o grande vencedor da noite, levando além de melhor espetáculo, melhor Atriz para Alessandra Souza e melhor Ator coadjuvante para Ricardo Fenner.
Vale salientar que os prêmios são entregues por votação feita pelos próprios atores da Cia. Ou seja a equipe elege seus vencedores e engrandece o trabalho dos colegas. Dulce Jorge ainda levou o troféu de melhor Atriz Coadjuvante por Caroba em O Santo e a Porca e Renato Casagrande levou o de melhor Ator por sua ótima interpretação em Zah Zuuu.
Para encerrar a noite regada a muita espumante, Fabio Novello recebeu o Troféu Grupo Máschara de Melhor do Ano em 2015, por sua dedicação para com o Grupo. O Ator Fabio Novello que reside na cidade de Ijuí/RS, vem sempre a Cruz Alta e participa de todas as investidas do Máschara. Durante 2015 Fábio Novello destacou-se muito e sendo assim foi galardoado com a aprovação de todos.
Outros premiados da noite logo serão divulgados.
Vale salientar que os prêmios são entregues por votação feita pelos próprios atores da Cia. Ou seja a equipe elege seus vencedores e engrandece o trabalho dos colegas. Dulce Jorge ainda levou o troféu de melhor Atriz Coadjuvante por Caroba em O Santo e a Porca e Renato Casagrande levou o de melhor Ator por sua ótima interpretação em Zah Zuuu.
Para encerrar a noite regada a muita espumante, Fabio Novello recebeu o Troféu Grupo Máschara de Melhor do Ano em 2015, por sua dedicação para com o Grupo. O Ator Fabio Novello que reside na cidade de Ijuí/RS, vem sempre a Cruz Alta e participa de todas as investidas do Máschara. Durante 2015 Fábio Novello destacou-se muito e sendo assim foi galardoado com a aprovação de todos.
Outros premiados da noite logo serão divulgados.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
Os Melhores do Ano 2015
Obrigado por 2015
A todos os artistas, empreendedores, colegas, amantes das artes, produtores, e micenas das artes. 2015 foi mais um ano de alegria, sucesso, conquistas e luta para manter a chama do teatro viva nos corações do maior número de pessoas possível.
Em 2015 o Máschara tocou muitos corações e isso só foi possível graças a seu elenco de corajosos artistas. Muito obrigado à Ricardo Fenner, Renato Casagrande, Alessandra Souza, Fabio Novello, Fernanda Peres, Evaldo Goulart, Douglas Maldaner, Cristiano Albuquerque, Bruna Malheiros, Lucas Chalita, Bárbara Santos, Larissa Marques, Manoeli Machado, Amanda Oliveira, Gabriel Giacomini e Nicole Ardenghi. Obrigado aos diretores Dulce Jorge e Cléber Lorenzoni por suas mentes criativas e sua capacidade de empreender para que o teatro persevere sempre.
O teatro ainda conta muito com a boa vontade alheia, com a admiração, carinho e confiança de muitos. O teatro precisa de generosidade, companheirismo e humildade para se manter, e muito desses três ingredientes foram vistos nesse ano. Em 2016 o Máschara completará 24 anos, e manter-se-á, basta que haja sempre amor pela vida humana, afinal o teatro é a vida humana no altar da vida, sendo questionada, retratada e debatida.
No decorrer de 2015, foram dezenas de apresentações e em julho a estreia do tão aguardado: "Olhai os Lirios do Campo", outro sucesso, foi a matinê do Máschara com a estreia de Zah Zuuu, e é claro a retomada de As Balzaquianas e O Santo e a Porca. Interpretações memoráveis. Oficinas, Performances, e a vinda para a familia Máschara, do ator Douglas Maldaner.
A arte é incalculável, o talento, impossível de ser medido, o julgamento tem muito a ver com o gosto próprio. Mas é impossível não destacar os merecidos valores de 2015.
Ações em 2015:
Oficina para Olhai Os Lírios do Campo
As Balzaquianas em Vacaria
A Maldição do Vale Negro em Festival de Santo Angelo
Olhai Os Lírios do Campo
Ensaios de A Roupa Nova do Rei
Matinê do Máschara (Lili Inventa o Mundo-Os Saltimbancos-O Castelo Encantado-Zah Zuuu)
Novembro Azul
Esconderijos do Tempo
O Incidente
Performance de Palhaços com Renato Casagrande, Bruna Malheiros e Alessandra Souza
Divulgação de Matinê
Thriller
Cadeira Elétrica
Drags Do Máschara
Tritão e Sereia
Ed Mort colégio Santíssima
Máschara em várias escolinhas de Cruz Alta
PArada de Natal
Natal no Linke
Natal no Cooperação
Oficinas
Dancing Queen
ESMATE
Dancing Queen
ESMATE
Performance em Prol São Vicente
Estátuas Calçadão
Estátuas Superação
Feiras de Lívros
Pré Estréia Zah Zuuu igreja Luterana
Parada Gay
Comissão de Frente Imperatriz da Zona Norte
Participação em Aniversários Infantis
Participação em Aniversários Infantis
Indicados Melhores do Ano 2015
Melhor Ator ou Atriz Revelação- Douglas Maldaner por Olhai Os Lírios do Campo
Bruna Malheiros por Olhai Os Lirios do Campo
Melhor Ator ou Atriz Visitante- Cristiano Albuquerque por O Incidente
Amanda Oliveira por O Castelo Encantado
Melhor Projeto - Cléber Lorenzoni por Parada de Natal
Ricardo Fenner por Olhai Os Lirios do Campo
Cléber Lorenzoni por Zah Zuuu
Cléber Lorenzoni e Ricardo Fenner por Matinê do Máschara
Melhor Conjunto de Atores: Elenco de Thriller(Alessandra, Douglas, Renato, Cléber e Evaldo)
Zah Zuuu (Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande)
Elenco de Lili Inventa o Mundo (Renato, Cléber, Fernanda, Alessandra, Evaldo, Bruna)
Melhor Produção- Ricardo Fenner por Olhai Os Lírios Do Campo
Cléber Lorenzoni por Zah Zuuu
Douglas Maldaner em divulgação Matinê
Melhor Figurino - Renato Casagrande por Thriller
Cléber Lorenzoni por Olhai Os Lírios do Campo
Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande por Visita à Museus
Melhor Ator ou Atriz em Performance-Renato Casagrande em Thriller
Cléber Lorenzoni em Parada de Natal
Fábio Novello em Parada de Natal
Melhor ator ou Atriz em Ações na rua - Renato Casagrande por Animações
Melhor Contra-Regragem - Evaldo Goulart por Zah Zuuu
Fabio Novello por Os Saltimbancos
Manueli Machado por As Balzaquianas
Renato Casagrande por manutenção de ESMATE
Renato Casagrande por manutenção de ESMATE
Melhor Espetáculo Revisitado - As Balzaquianas em Vacaria
O Incidente em Carlos Barbosa
Lili Inventa o Mundo em Matinê
O Castelo Encantado em MatinÊ
Melhor mídia de divulgação- Unicruz por Comercial Os Saltimbancos
Melhor Trilha Sonora- Alessandra Souza por Zah Zuuu
Cléber Lorenzoni por Olhai Os Lírios do Campo
Melhor Iluminação- Fábio Novello e Cléber Lorenzoni por Olhai Os Lirios do Campo
Renato Casagrande por As Balzaquianas
Renato Casagrande por Zah Zuuu
Melhor Caracterização-Fabio Novello como Jack Sparrow
Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande como Drags do Máschara
Elenco do Máschara por Thriller
Cléber Lorenzoni como Santa Claus
Melhor Performance - Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande porThriller
Cléber Lorenzoni por Visita aos Museus
O Grupo por Protesto pelo hospital São Vicente
Melhor Cenário- Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande por Zah Zuuu
Cléber Lorenzoni por Olhai Os Lírios do Campo
Melhor Interprete em Substituição - Dulce Jorge em As Balzaquianas
Evaldo Goulart em O Santo e a Porca
Douglas Maldaner em O Incidente
Melhor Atriz Coadjuvante - Alessandra Souza por Ed Mort
Fernanda Peres por Esconderijos do Tempo
Dulce Jorge em O Santo e a Porca
Dulce Jorge em O Santo e a Porca
Melhor Ator Coadjuvante - Renato Casagrande por Olhai os Lírios do Campo
Ricardo Fenner por Olhai os Lírios do Campo
Evaldo Goulart por O Castelo Encantado
Evaldo Goulart por O Castelo Encantado
Melhor Atriz - Alessandra Souza por Olhai Os Lírios do Campo
Alessandra Souza por O Castelo Encantado
Alessandra Souza por O Castelo Encantado
Dulce Jorge por Olhai os Lírios do Campo
Melhor Ator - Cléber Lorenzoni por Zahuuu
Renato Casagrande por Zah Zuuu
Cléber Lorenzoni por Euricão
Melhor Direção ( Não houve Indicações)
Melhor Espetáculo - Olhai Os Lirios do Campo
Zah Zuuu
Lili Inventa O Mundo
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
O Santo e a Porca (tomo 10) 727
O teatro é um lugar sagrado, um templo. As pessoas vão ao teatro buscar algo, assim como vão a igreja, mas as pessoas tem ido pouco a igreja... O teatro não é como o cinema, o cinema quer divertir, o teatro deve questionar, chocar! O teatro não é como ir ao futebol, o futebol é para relaxar, berrar, torcer, far tapinhas nos ombros dos amigos, e beber e esquecer a vida... O teatro é para provocar impressões. É para se assistir concentrado. Mas muita gente inda não sabe o que é teatro, muita gente não quer ir ao teatro.
Os atores não devem se afligir tanto, se o público não quer teatro, o azar é deles. Mas o teatro precisa ser feito e precisa estar de acordo com o mundo ao seu redor. Deem um tempo, reflitam, esperem o universo dar o caminho. Apoiem-se. Mas não desistam. O trabalho que assisti ontem estava repleto de falhas técnicas, no entanto o jogo, o "timing", estava soberbo. Foi delicioso ver cada cena, mesmo as que caíram um pouco.
Cléber Lorenzoni fechou a curva de forma perfeita. e os coadjuvantes colaboraram e muito para tanto. Deveria haver mais ensaios. Entre algumas réplicas, percebeu-se uma dispersão do atores, uma certa insegurança.
Evaldo Goulart estava muito desconcentrado e Ricardo Fenner podia estar mais triangular. Dulce Jorge trouxe sua divertida Caroba, mas em alguns momentos também parecia dispersa. Alessandra Souza pode mergulhar ainda mais fundo em sua Margarida, esparramar-se na trama. Falta algumas vezes, mais embrolhos, mais gente espionando, mais confusão. Aquele ritmo que o Máschara conseguia dar à Tartufo (2001). Renato Casagrande se adapta rápido e soluciona pequenos problemas com muita tarimba.
Mas de que realmente fala O Santo e a Porca? Fé? Sinto falta de fé em cena. Fé no público, fé no teatro. E ainda fé em cena. O Santo em cena não é utilizado quase nunca. Será que Tia Benona não se ajoelharia para pedir ao Santo um bom casamento? Será que a menina Margarida não estaria sempre rezando. Será que Caroba não falaria mais com o Santo? O próprio Euricão Árabe deveria realçar mais essa fé. Caso contrário quem sai ganhando é a porca que da uma lição em Eurico, mas quem deve dar essa lição é sua própria fé ligada ao Santo.
A trilha sonora pode ser melhor executada e ouvi silêncios onde deveria ter ouvido musicas... Gabriel Giacomini pode se dedicar mais.
O interessante é o quanto a historia vai nos envolvendo. As maquinações de Caroba e das personagens mais ativas da casa. Caroba, Margarida e Dodó são a força motriz que representa de certa forma o bem. Benona é estagnada demais para fazer qualquer coisa. Eudoro é truculento e pensa apenas em si próprio. A historia realmente toma jeito apenas quando Caroba desafia os princípios éticos e pega para si algo que não lhe pertence. Mas Eurico não é um vilão, É uma vitima da estranha organização da natureza representada pelo Santo. Talvez a divindade tenha se ofendido pelo amor maior de Eurico pela porca. Mas talvez cada um de nós seja um pouco da divindade e aí Eurico seja traído por si mesmo, pelo seu lado bom que tenta pregar-lhe uma lição e assim melhorá-lo. Eurico termina sozinho e mereço, é o preço que se paga por ter passado a vida inteira dando mais valor aos bens materiais.
O Santo e a Porca está cheio de lições, mas a maior lição a ser dada é a de que o teatro vai continuar, ainda que haja uma única pessoa interessada.
Para a próxima incursão, aconselho a realçarem que Eurico é sonâmbulo, dar mais importância a fé no espetáculo e principalmente não haver álcool nos camarins.
Dulce Jorge (*)
Cléber Lorenzoni (***)
Alessandra Souza (**)
Renato Casagrande (***)
Ricardo Fenner (**)
Gabriel Giacomini (*)
Evaldo Goulart (*)
Fernanda Peres (**)
Fabio Novello (**)
A Rainha
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Zah Zuuu - Ultima inserção na Matinê do Máschara
As coisas acontecem quando as pessoas remangam as mangas e fazem algo juntas. Zah Zuuu não lotou a sala de espetáculos adaptada, e nem mesmo parece ter agradado muito. Mas satisfez o elenco e isso em uma luta tão árdua pelo teatro, é luz dentro de uma casa. Cléber Lorenzoni e Renato Casagrande desafiaram-se e criaram um libelo ao prazer em fazer teatro. O ator deve ter prazer naquilo que faz. Mas nunca deve parar ou estagnar. Faltou a Zah Zuuu a perfeição técnica, a entrega desmedida, o desafio de equipe.
Renato Casagrande precisa de mais ensaios, até para formalizar cada marca e cada improviso. Mas não precisa ficar tão nervoso, pois possui um talento nato para o contato com o público. Cléber consegue salvar várias piadas e isso é muito importante. O Ator não pode se deixar desmotivar se uma cena ou piada não funciona. Precisa pelo contrário, respirar fundo e estar pronto para com o apoio do elan, salvar uma cena, recomeçar no parâmetro da energia.
Zah Zuuu passa voando, sinal de que não possui barrigas, é rápido, ágil e leve. A mensagem passada é principalmente a da diversão e ainda a da paciência, não leve a vida tão estressadamente.
Os balões na cena final de Zah Zuuu surpreendem, causam definitivamente um agradável efeito. É engraçado que sempre tive um pé atrás com palhaços, Durante a encenação no entanto, vai ficando clara a tênue linha entre palhaço e clown. O clown possui uma existência muito própria, muito vivaz e sarcástica no bom sentido. A gag da almofada é a da porta, funcionam muito bem. A cena da mamadeira precisa ser melhor resolvida. E o final não foi preciso como deveria. Mas a humildade e a delicadeza do tema tocam a adultos e crianças.
Ser bons atores, essa é a busca, penso eu, de um grupo tão tradicional. As vezes tradicional demais. Mas nessa caminhada, humildade e generosidade devem ser constantes. Pendurar um holofote, ou instalar um aparelho de som não torna ninguém melhor que ninguém. É útil, necessário e valorizado, mas é apenas trabalho. As vezes alguns artistas se enchem de orgulho por aquilo que sabem fazer, mas esquecem que desde que o mundo é mundo, as pessoas são substituíveis.
O Grupo Máschara vem fazendo teatro bom há 23 anos, não foi o orgulho, a prepotência e a arrogância que o trouxeram até aqui.
A Rainha
Cléber Lorenzoni (**)
Renato Casagrande (*)
Alessandra Souza (**)
Evaldo Goulart (**)
Ricardo Fenner (**)
Douglas Maldaner (**)
Gabriel Araujo (*)
domingo, 22 de novembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
Thriller em Clube Arranca
Renato Casagrande, Cléber Lorenzoni, A cantora Fabiana Lamaisom, Alessandra Souza, Douglas Maldaner e Evaldo Goulart
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Zah Zuuu (tomo 3) -725
Constantemente me questiono quanto à importância da versatilidade de um ator. Surgem logicamente muitos atores que facilmente interpretam um bom papel, mas que nunca mais são vistos em nada. Não conseguem vestir outra roupagem. Possivelmente só tinham um pequeno punhado de coisas a serem ditas ao mundo, e essas coisas foram ditas nesse único papel. Constantemente artistas se afastam das companhias , deixando um vazio em seus ex-colegas e parecem ter exagerado em seu dito apego ao teatro. Para alguns o teatro é a solução para uma sede, um vazio imediato. Para outros o teatro é acompanhante para a vida inteira.
No Máschara dois grandes momentos me emocionaram muito, um deles foi a construção do espetáculo As Balzaquianas, o outro é a concepção de Zah Zuuu. Existem certamente várias formas de se conceber um espetáculo, mas prefiro os que surgem de verdades próprias, os que em um primeiro momento parecem ideias descabidas. Esses não surgem com planos de agradar ninguém, eles refletem a vontade do artista comunicar-se, nascem do mais profundo do ser humano. Natural portanto terem surgido dos atores de status mais alto. Por que? Por que o teatro é uma caminhada. Uma caminhada de amadurecimento, de convívio, de compreensão ética e estética.
Atualmente no Grupo Máschara, o elenco está se dividindo em dois grupos, o primeiro formado por um grupo que possui um conhecimento razoável, outro por um grupo que tem bastante dificuldade e parece esperar que o conhecimento caia do céu. O problema causado por isso é óbvio e prejudicialíssimo; os atores que detém o conhecimento não possuem muita paciência para passá-lo a diante, os que estão no segundo grupo, não sabem como adquiri-lo. Assim sendo, cada um continua em seu mundinho e o grande prazer do teatro, que é a troca, não acontece.
Em Zah Zuuu, percebe-se a pouca evolução, e o pouco interesse em evoluir, por parte da equipe técnica. A trilha sonora depois de três domingos continua problemática. A contra-regragem deveria ser mais precisa, perfeita, pois um jovem ator que executa com perfeição uma contra-regragem será logicamente um ator melhor, adiante em sua carreira. Zah Zuuu não possui iluminador certo e aliás o Máschara possui pessoas demais "quebrando galhos". Isso gera incerteza, e desorganização. E a equipe não cresce. Meu conselho? Encerrar 2015 com todos os espetáculos e escolher para 2016 dois grandes trabalhos unicamente. Com equipes fechada. Se durante esse período alguém desistir, acabar com o projeto e recomeçar com novo projeto.
Outro ponto a ser comentado é a importância da Matinê do Máschara, ela é como um curso, uma profissionalização que se faz durante um mês. Lili Inventa o Mundo por exemplo (apresentada no mês de julho), foi evoluindo de tal forma que na sua ultima apresentação alcançou uma deliciosa plenitude interpretativa. Na sequencia ocorreu o mesmo com os outros espetáculos. Zah Zuuu tem evoluído a cada domingo e que sucesso não alcançaria por exemplo Olhai os Lírios do Campo se tivesse quatro oportunidades de ser apresentado em um mesmo mês. Por isso a Matinê do Máschara não pode acabar.
Zah Zuuu é uma das melhora ideias do Máschara, só não é um dos melhores espetáculos do Máschara, por que a equipe tem levado Zah Zuuu sem a seriedade merecida.
Cléber Lorenzoni (**)
Renato Casagrande (**)
Alessandra Souza (*)
Evaldo Goulart (*)
Douglas Maldaner (**)
Gabriel Giacomini (**)
A Rainha
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Zah Zuuu, a construção que deu certo
Para o público leigo, um palhaço é só um palhaço, e realmente algumas crianças e adultos vão para casa pensando: "Nossa, que monte de bobagens". Afinal de contas o âmago da técnica é exatamente a extrema e genuína busca do que há de mais simples e puro no interior de cada interprete. Aliás, eu diria que clown não é interpretação, clown é vivência. Algumas noções de triangulação, ou até bases advindas de Stanislavski, estão presentes, mas não são elas que comandam a ação. O Clown surge do despojo e da aceitação em ser ridículo, em permitir-se cair, soltar pum, tropeçar e etc... Quantos atores permitem-se a isso? Principalmente no inicio de sua carreira.
Fazer clown é um exercício que todo ator deveria vivenciar. O ator é um antes e outro depois, do clown. Mas não confunda, não será qualquer ator que conseguirá fazer um clown. Cada um de nós é um universo em si próprio. E no palco ao ver os dois atores que carregam Rahri e Babah -3-, sinto uma certa melancolia, o que aconteceu? Onde estão todos os outros talentosos atores do Máschara? Renato e Cléber contam uma historia simples, mal acabada, mas bem bolada. Os detalhes são muitos e o riso ainda pode crescer muito. Mas esse clown está sendo posto a serviço da Cia.? Como se chegou a eles?
Acredito muito em fases, em momentos. Cada espetáculo de um grupo não surge ao acaso, mas para preencher determinadas lacunas, ele é reflexo de um estado de espirito que em efeito dominó toma conta de toda a equipe. Energias. Climas.
Zah Zuuu fala de convívio, convívio humano que se torna cênico. Não é a toa que Renato Casagrande é ator de primeiro escalão do Máschara, sua criatividade e jogo com o partner da vez, é perfeito. Em cena pai e filho, ou irmãos? Ou um casal? Essa pergunta tendenciosa me assombra durante todo o espetáculo, e a resposta? Bom, o espetáculo fala de convivência. Fala de amor. Apesar de tudo, ao fim do dia, alguém estará lá para te dar um colo.
Em cena um quarto de menino, sexista ao extremo, o que me incomoda, mas ajuda de forma "tendenciosa", a acreditarmos que se trata de um menino. Ou um "bebê", como disse uma criança da platéia. As gags pai e filho funcionam e muito, e poderiam ir mais longe, o espetáculo passa voando, poderia ter mais cenas, mais acontecimentos que certamente vão surgir com o tempo, é preciso portanto estar sempre coma mente aberta. Não se permitir o gessamento.
Renato Casagrande tem uma máschara maravilhosa, que lembra muito a bufanaria, claro que o clown é uma versão evoluída do bufo, por isso mesmo o ator pode trazer muito mais para a cena. O Clown é a pedra lapidada, o bufo é seu estado bruto. Tanto o Clown quanto o bufo, tem uma forma peculiar de ver o mundo e essa forma está muito presente em Lorenzoni-3-, que a leva para o palco. Isso aparece muito em seu físico e também no colega de cena, ambos tem uma pequena curvatura espinhal, o que se dá por que o clown tem suas reações e posicionamentos afetivos e emotivos, corporificados em partes precisas do corpo.
A iluminação de Zah Zuuu é muito mais pontual que a de qualquer outro espetáculo infantil apresentado na "Matinê do Máschara", no entanto é triste ver a criatividade castrada pela ausência de um espaço apropriado. A trilha Sonora-1- é pessimamente operada, muito alta, com ruídos confusos que apenas sublinham. Um espetáculo tão singelo deveria ter uma trilha exclusiva e os sons todos pesquisados em instrumentos de percussão, a serem operados por um bom contra-regra-2-. Enfim, Zah Zuuu é uma pérola, não deve ser escamoteada pela falta de boa vontade de uma equipe, onde as vezes os orgulhos se sobressaem, onde as vezes parece haver uma tentativa de concorrência, quando o que deveria haver deveria ser um companheirismo. Uma boa companhia teatral se constrói com entrega, com união, tolerância e apoio. Ou o teatro ficará em segundo plano.
A Rainha
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
sábado, 7 de novembro de 2015
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