1062- Lili Inventa o Mundo (tomo 116)

 

Plateia fria e velhas fórmulas...


                       Claro que o público infantil de Estrela Velha apreciou e muito a apresentação do espetáculo Lili Inventa o Mundo, um espetáculo com mais de cem apresentações e que tem várias formas de ser contado. Como assim? Ora Lili pode ser uma comédia sobre bruxas (fada mascarada), Lili pode ser um espetáculo sobre fé, e o poder que a mesma tem de mover montanhas, pode ser uma recreação divertida, com danças e canções, pode ser a historia triste de um menino que foi transformado em patinho... Poderia ser todas essas opções, se não fosse um espetáculo de poesias. 

                         Cada ator do espetáculo, nessa nova temporada, está contando uma historia diferente. E esse ao meu ver é o grande problema do espetáculo. Os egos de atores e atrizes que querem brilhar em cena, que pisam no palco cheios de si, ou que simplesmente se preocupam muito com suas interpretações, quando o teatro é trabalho de equipe. Cada um fazendo sua parte, pedacinho por pedacinho para construir algo. 

                        Falta maior cumplicidade, que não sei como funciona pois não convivo com os artistas, mas a ausência dela aparece no palco. Renato Casagrande está brilhante, explosivo, mas precisa ajudar sua partner. Clara Devi tem várias qualidades, várias potencialidades, mas precisa buscar o poético de Lili Inventa o Mundo. Um espetáculo que já arrancou até lágrimas do público em seus áureos tempos. Vitoria Ramos tem uma agilidade muito boa, mas pode desenvolver mais a personagem, o que sente Malaquias, quem ele é? 

                          Cléber Lorenzoni me pareceu cansado, desmotivado até, xô, xô, xô coisa ruim, respira fundo e segue, tu és capaz! Eliani Aléssio estreou bem, mas precisa de mais ensaios, para compreender mais o universo do espetáculo. A interpretação da Rrrainha das rrrainhas ficou maravilhosa. O sotaque, a risadinha entre o texto. Uma atriz muito talentosa, sem duvidas.  Alessandra Souza interpreta com muito gracejo a Fada Mascarada, parabéns. 

                            A trilha foi operada com muita tranquilidade por Romeu Waier, e o cenário organizado pelo diretor funcionou, principalmente na escolha da semi arena, aproximando o público dos personagens. 

                              Cada público é um público, um público não acostumado ao teatro, certamente não consegue aproveitar a fundo o que ele tem para oferecer... pensemos nisso! 


                   O melhor: Sem dúvidas a escolha do cenário semi arena

                   O pior: A falta de poesia...

                                                 A Rainha


Renato Casagrande:(***)

Cléber Lorenzoni (**)

Eliani Aléssio (**)

Clara Devi (*)

Vitoria Ramos (**)

Alessandra Souza (**)

Romeu Waier (**)

                                   Arte é Vida

                                                                    

Comentários