sábado, 26 de maio de 2018

quarto corpo em ação ano II - Bendita sociedade


Status no Máschara


Status dentro do Máschara
Status A: Diretores, Atores convidados em situações especiais com Status entre 1 e 2. Membros fundadores, ou integrantes com mais de dez anos de dedicação ao Máschara.

Status 1: Atores do primeiro escalão, aptos a quaisquer papéis. Membros com presença "constante" . Protagonistas, atores com conhecimento grandioso em teoria, com base de dança e musica. Pessoas aptas a dirigirem espetáculos ou representar o grupo em ocasiões públicas, entrevistas, etc...

Status 2: Artistas ambiciosos com grande personalidade cênica, protagonistas ou coadjuvantes. Capazes de quase tudo pela arte. Pessoas que conseguem representar o grupo e falar em nome do mesmo. Atores preparados para serem protagonistas. Presentes em 90% dos acontecimentos. Atores com bom conhecimento teórico, dispostos, exigentes com seu trabalho e com rendimento extremo em todas as áreas do ofício. Membros que respeitam a hierarquia e os integrantes mais antigos da Cia.

Status 3: Atores coadjuvantes com bons papéis, capazes de trabalhar o corpo e a expressividade de forma coerente. Aprendizes que participam de alguns poucos espetáculos, Atores com no mínimo um ano de teatro. Camareiros que vestem os atores, que ajudam a conceber figurinos. Contra-regras em estágio 1. Iluminadores e Sonoplastas que concebem nas respectivas áreas. Atores presentes em 75% dos acontecimentos da equipe no mínimo.

Status 4: Atores ou figurantes em quaisquer peças. Coadjuvantes que começam a se destacar. Atores substitutos. Empreendedores, interessados que estejam em no mínimo um espetáculo. Camareiros dedicados. Contra-regras organizados que ajudam as coisas a acontecer. Iluminadores e Sonoplastas que dominam a base do trabalho, que sabem preparar o equipamento para o trabalho. Montadores de Cenário. Membros que estão presentes em 50% dos acontecimentos da Cia. no mínimo.

Status 5: Interessados em fazer teatro, dispostos, curiosos, com ou sem talento, mas esforçados, corajosos. Principalmente pessoas que abraçam o grupo ou o teatro em si e fazem tudo para que o teatro seja propagado sempre. Camareiros, contra-regras dispostos a aprender. Sonoplastas e Iluminadores que começam a aprender o ofício. Membros que não podem se fazer presentes em mais de 30% dos acontecimentos da equipe.

806 - As Balzaquianas - tomo 10 - 72º Cena Às 7

               As Balzaquianas marca a passada de Angelica Ertel pelo Máschara, pois foi o ultimo espetáculo a ser montado com a participação de Angelica Ertel, e que participação. A Atriz que fez parte do Máschara por tantos anos, codirigiu e atuou como uma "diva" ao lado de Cléber Lorenzoni. Enquanto a atriz esteve na Cia. dedicou-se memoravelmente e é impossível aos contemporâneos assistirem esse espetáculo sem lembrarem dessa atriz. Por outro lado quem assistiu As Balzaquianas nesse domingo de Cena às 7 possivelmente imaginou que Dulce Jorge fosse mesmo a primeira interprete de Leninha, tal sua desenvoltura, segurança e força em cena. 
                                 Dois monstros em cena, não por seu talento que também dispensa elogios, mas por terem aceitado e dedicado-se ao palco por tanto tempo. De um lado vinte e seis anos de teatro, de outro vinte e três anos, poderia não ser muita coisa, não fosse o fato de estarem localizados no interior do estado, lutando com as pernas, firmando-se dia após dia, enfrentando batalhas, pessoas contrárias as artes e preconceitos. No interior não se faz "um teatro", no interior se faz o teatro que pode ser feito, que da para fazer. Isso parece uma desculpa para justificar algo frágil, simplório ou mal feito, no entanto o teatro do Máschara sempre carregou emoção, simbolismo, pesquisa e versatilidade. 
                            Os dois monstros enfrentaram família, enfrentaram partidos políticos, enfrentaram auditórios vazios, invernos gelados, crises politicas, falta de verba, intrigas, mas não caíram. O Máschara se reinventou e assim deve ser para uma instituição que dure, reinventar-se, descobrir o melhor a dar ao público, sair as ruas, aproximar-se da platéia, agradecer o amor do público. Humildade, generosidade, trabalho e sensibilidade. Esse certamente é o lema do Máschara.
                        Sobre o palco diretor e diretora, profundidade, constância, um texto bem pronunciado, pausas, intenções, triangulação. Bons exemplos para quem está começando.  Ambos se entregam passionalmente, Cléber Lorenzoni como a radialista Adelaide Fontana e Dulce Jorge como Dona Leninha. Ela é a água, passional, impulsiva, geniosa, intensa, Ele a terra, a segurança, o razão, a lógica. Juntos ambos formam uma unidade emocionante e louvável. 
                              A direção de Angelica Ertel e Cléber Lorenzoni valorizou cada trecho do texto e vai conduzindo a trama para um desfecho apoteótico, onde Adelaide Fontana chega ao extremo de sua capacidade de suportar a vida que a destruiu. A curva acentua-se com a revelação das dores das duas mulheres que permitiram amar e acabaram por se amargurar devido ao peso de um jugo machista. A narrativa da radialista foi tirada da obra A rainha do Rádio de José Saffioti Filho, e direciona por tanto todo o espetáculo. Dona Leninha representa uma das ouvintes e nos mostra o lado de lá, onde em meio a solidão apenas a voz de Adelaide consegue chegar. Ambas estão solitárias, ambas cantam, bebem, fumam, falam de seus dias perdidos, produzem o ritual do enterro...
                           Cléber Lorenzoni tem como um dos principais méritos a capacidade de interpretar uma personagem feminina sem afetar-se demasiadamente. Sua composição difere-se totalmente das  outras tantas  personagens femininas que já interpretou. O espetáculo organizado em quadros consegue mesclar drama e comédia, em uma sequencia rápida bem tipica do trabalho do Máschara. 
                             A iluminação de Gabriel Wink e a trilha de Angelica Ertel cumprem-se de forma exemplar nas mãos de Renato Casagrande e Alessandra Souza e oferecem ao espectador o ambiente perfeito para delirar nas asas do teatro. É preciso ainda mencionar a dedicação do jovem Stalin Ciotti que torcemos que um dia seja um dos atores do primeiro escalão do Máschara, pois a cada dia se mostra mais esforçado e digno de admiração.


                                Em alta:  A capacidade do Máschara de levar ao palco espetáculos de nível profissional mesmo com produção do próprio bolso. 
                                   Em  baixa: Os desentendimentos internos, os orgulhos, as vaidades que colocam em risco um trabalho incrível. 




              Espetáculo ; A Rainha do Rádio  Direção  Cléber Lorenzoni e Angelica Ertel  Elenco   Dulce Jorge e Cléber Lorenzoni  Assistência  Renato Casagrande   Trilha Sonora  Angelica Ertel  Iluminação  Gabriel Wink   Contra-regragem Stalin Ciotti  e Evaldo Goulart   Portaria  Sandra Lazzari  Ricardo Fenner   Operadores Técnicos  Alessandra Souza e Renato Casagrande   Figurino:  Cléber Lorenzoni  Fotografia  Alexandre Giacomini  Cenário  Angelica Ertel e o Grupo  Arte Gráfica  Renato Casagrande  Produção   Cléber Lorenzoni e Ricardo Fenner   Divulgação  Ricardo Fenner    Realização Grupo Máschara 

Adelaide Fontana- A rainha do Rádio - Fotografada por Alexandre Giacomini


Cléber Lorenzoni, Alessandra Souza e Evaldo Goualrt em Vogue no Corpo em Ação


A nova geração do teatro em Cruz Alta

Laura Hoover  - Evaldo Goulart  -Stalin Ciotti  
Sandra Lazzari  - Renato Casagrande   - Douglas Maldaner  - 
 Gabriel Giacomini  -Vitoria Ramos  -  
Clara Devi   -
 Antonia Serquevittio  -  Vagner Nardes

Em cena a atriz Dulce Jorge como Heleninha de As Balzaquianas


sábado, 12 de maio de 2018

As expressões em aula...


Alunos da ESMATE - Nicholas Miranda e Lavínia Antonelli


Corpo em Ação - Corte Francesa - Ano II


Evaldo Goulart nas ruas de Cruz Alta no Corpo em Ação


Ao lado de mais uma das amigas do Máschara


Ao lado de mais um amigo do Máschara


Atores do Máschara da segunda edição do Corpo em Ação = ano II


quarta-feira, 2 de maio de 2018

72º Cena às 7- As Balzaquianas


Pluft o fantasminha de Maria Clara Machado


PLUFT, O FANTASMINHA
Premiada pela Associação Paulista de Críticos Teatrais
1 ATO
PERSONAGENS:
Sebastião
Julião } 3 marinheiros amigos
João
Mãe Fantasma
Pluft, o fantasminha
Gerúndio, tio do Pluft
Perna de Pau, marinheiro pirata
Maribel, menina
“Pluft, o fantasminha” foi levado pela primeira vez pelo Tablado no Rio de Janeiro, em setembro de
1955, com cenário de Napoleão Moniz Freire, costumes de Kalma Murtinho, sonoplastia de Edelvira
Fernandes e Martha Rosman; corneta, Jean Pierre Fortin; caracterizações de Fred Amaral; fantasmas de Mário
Cláudio da Costa Braga; direção de Maria Clara Machado. Personagens: Carmen Sílvia Murgel, Kalma
Murtinho, Germano Filho, Vânia Veloso Borges, Emílio de Mattos, Eddy Rezende, João Augusto e Roberto
Cleto.