Os Saltimbancos - SESC 24/11/2012

                O teatro infantil é concebido pensando no público infantil, seus figurinos são pensados de forma a seduzir o público infantil, as marcações são elaboradas pensando no público infantil, o cenário é desenhado tentando encher os olhos das crianças. Sendo assim, durante o espetáculo o público infantil tem o direito de se pronunciar e agir como bem quiser, qualquer forma de coibir a postura das crianças, estaria indo contra o objetivo da "mise em cene".  Bons atores devem compreender que a atuação não é uma obra fechada, separada do público por uma parede imaginária. O teatro é uma troca, ele é tridimencional, triangular...                                  Alguns artistas são mais sensíveis a isso e por isso se destacam, exemplo foi Cléber Lorenzoni, indagando as crianças e tentando trazê-las para o espetáculo. Gabriel Wink já o faz desde a estréia, no entanto poderia triangular mais com a assistência. Os Saltimbancos envolve, diverte, e até emociona crianças e adultos. Há no entanto de se ensaiar mais no intuito de não deixar as danças perderem sua perfeição. 
Se um espetáculo fosse a cada apresentação, uma repetição da noite anterior, perderia rapidamente o interesse dos artistas, seres criativos por natureza. Há então de se buscar sempre novas inspirações e aprimoramento de intenções e sutilezas.
                   Alessandra Souza destacou-se nessa intervenção, pode ainda brincar muito com a voz, com as intonações. Minha dica a essa atris é que invista no trabalho vocal. O cuidado e carinho com a adaptação do espaço se deve muito ao trabalho de Cléber Lorenzoni e Luis Fernando Lara, mas preciso aplaudir o trabalho em equipe de todos. 
                    O que não posso compreender, e que me deixa muito surpresa é a falta de respeito de alguns atores para com a direção. Um ator que se revolta em ter que tirar o óculos para contracenar com os colegas na hora de marcar as cenas pouco antes do espetáculo, não deveria realmente ser considerado. Outra situação discutível é a falta de segurança dos atores já que enquanto estão em cena os contra-regras ficam manipulando suas cosias nos camarins. A esses dois casos pergunto, que tipo de teatro estão fazendo? O Grupo Máschara chegou há vinte anos por dedicação, respeito e teatro levado a serio. 


Alessandra Souza (***)
Luis Fernando Lara (**)
Gabriel Wink (**)
Renato Casagrande (**)
Cléber Lorenzoni (***)
Gabriela Oliveira (**)
Fernanda Peres (**)
Ricardo Fenner(**)

         De que forma vocês estão fazendo teatro????!!!!????!!!!


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