sábado, 28 de dezembro de 2024
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Janela 52- Noite de alegria e emoção
CAROL GUMA/IZIS DA ROSA/CLARA DEVI/ANTONIA SERQUEVITIO/DOUGLAS MALDANER/ANA COSTA/KLEBER LORENZONI/SOFIA DUTRA/RAVI DANTAS/MANUELA CODINOTI/ANA CLARA KRAEMER/ROBERTA TEIXEIRA
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
domingo, 15 de dezembro de 2024
1216- Auto de Natal - Família de Nazaré - tomo 14
Chegou o natal e com ele uma dedicação maior de todos nós em prol de nossas crianças. -Vó, quero ver o Papai Noel.- Me disse minha neta na manhã do último sábado. Saímos em busca do mesmo pela cidade e fomos encontrar seu rastro no Ginásio Municipal. Levei duas almofadinhas e juntas, eu e minha neta, nos entregamos ao espetáculo, sim por que é preciso entregar-se, é preciso estar disposto a ouvir, receber e pensar, quando se assiste um espetáculo teatral. Em quase uma hora de espetáculo, mergulhei no clima mambembe que o diretor propôs, e de forma lúdica recebi o conto mitológico que parece ser o prólogo da tradição cristã. Sabemos o quão fantasioso é tudo aquilo, mas ora, por isso mesmo é um conto, uma lenda que atravessa mais de dois milênios, e que é recontado várias e várias vezes. Ainda nessa semana assisti um filme, em uma plataforma de filmes e series, que também contava essa historia, e olha que interessante, o poder da semiótica, Noa Cohen, a protagonista é uma atriz israelense, enquanto Maria é descendente de palestinos... Bom tema para uma discussão. O filme é bom, mas prefiro teatro.
Já havia assistido ao espetáculo em outras ocasiões, minha neta também, mas ela ainda era muito pequena, então dessa vez me fez algumas indagações: -Quem era aquele rei malvado? quem era o menininho? qual é a tia Clara? o que era o senso? me perguntou também se a Maria era uma rainha, já que em um momento as moças carregavam um pálio estilizado sobre a mesma e pareciam suas aias. Fiquei encucada se ela teria algum ponto de vista, sobre José e Deus dividirem a paternidade do pequeno menino poderoso que nascia, mas aí me dei conta de que, subjetivamente, levando o cristianismo em conta, todos somos filhos de Deus e de nossos pais, então me parece tranquilo de se compreender isso.
Visual cuidadoso, contadores de historias bem conectados, um espetáculo onde muita cosia pode dar errado, já que possui um grande número de adereços e uma marca adaptável a cada espaço. Por outro lado minha maior crítica é que o espetáculo parece fazer parte de um momento do Máschara que já passou, principalmente se levarmos em conta que há jovens artistas chegando, mas as vozes são de velhos artistas que já se foram. Para algumas pessoas da plateia, isso é muito frustrante. Pois saíram de casa para ver seus artistas preferidos. Isso é muito importante, muitos são fãs de Cléber Lorenzoni, de Renato Casagrande, de Clara Devi ou de Fabio Novello, mas felizmente o teatro vem se popularizando tanto que jovens atores já vão também somando, jovens ídolos.
Foram bastante bonitas a entrada do anjo, e as coreografias. Alguns detalhes de coreografia e de atraso de atores e atrizes em cumprir suas funções não me passaram despercebidos, mas gostaria de elogiar a energia de Ana Clara Kraemer, a "presença" de Romeu Waier e ainda a expressividade de Roberta Teixeira.
Na roda, compondo o coro/cenário, Antonia Serquevitio e Renato Casagrande merecem aplausos pela força com que parecem estar mergulhados na cena, ora sendo plateia, ora sendo tipos/personagens.
Para encerrar, um conselho de quem ama o trabalho do Maschara- Que tal colocar toda essa energia em uma nova montagem com tema natalino?
Arte é Vida
A rainha
Auto de Natal- Família de Nazaré
Direção e texto- Kléber Lorenzoni
Auxiliar coreográfico - Renato Casagrande
Figurinos- Renato Casagrande e Kléber Lorenzoni
Camareira- Clara Devi
Adereços- Renato Casagrande, Fabio Novello e Clara Devi
Trilha Sonora (pesquisa e concepção) Renato Casagrande e Kléber Lorenzoni (operação) Ellen Faccin (**)
Elenco: Clara Devi (**), Kléber Lorenzoni (*), Douglas Maldaner (**), Duda Martins (***), Renato Casagrande (***), Fabio Novello (**), Carol Guma (**), Antonia Serquevitio (***), Romeu Waier (***), Henrique Arigony (**), Bibi Prates (**), Ana Clara Kraemer (***), Roberta Teixeira (**), Raquel Arigony, Julia Dal Forno (***), Kleberson Ben (**), Felipe Chaves (***), Ravi Dantas (**).
Contra-Regragem - Junior Lemes (***)
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
sábado, 7 de dezembro de 2024
1212- Janelas Iluminadas (tomo 50 - A historia presente)
Carol Guma, Fabio Novello, Clara Devi, Kléber Lorenzoni, Douglas Maldaner, Renato Casagrande, Junior Lemes, Ana Luísa Kraemer, Kleberson Ben, Aurora Serquevitio, Antonia Serquevitio, Ana Clara Kremer, Ravi Dantas, Cecília Moraes, Luíza Ourique, Duda Martins, Valentina
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
1209- Dona Flica e seus dois maridos (tomo 7)
Como sei quando um ator virou um ator? Como chamar um ator de interprete sem incorrer no risco de ser leviana? Um médico só é médico depois que se forma, um advogado só o é após estar com seu canudo... Então quando um ator tivesse seu canudo poderia ser chamado de ator, ou sua DRT. Mas nas questões da arte, essa coisa de faculdades, canudos e formaturas é um pouco diferente. Você não espera um músico se formar para chamá-lo de músico, é seu currículo de "notório saber" que o credencia. Assim também é com bailarinos e atores, artesãos, etc... Vencida essa primeira dúvida, temos outra, o que é um ator profissional? Aquele que vive, paga suas contas com sua arte? Ou aquele que é eficiente em sua função? Eu diria que reconheço um ator através de suas capacidades técnicas e sensoriais, suas possibilidades perceptivas entre dramaturgia e direção, seu processo de criação e seu material cênico final, a apropriação correta de suas ações físicas e vocais. Ainda sua compreensão e diferenciação entre movimento e ação, sua energia no espaço e no tempo, com mobilidade estática e dinâmica. Além é claro de suas percepções junto aos expectadores.
Tudo isso provindo de estudo, prática e tempo. Um ator de verdade, seja ele intuitivo ou técnico, destaca-se sempre. Sua presença, sua energia, seu domínio de si mesmo. O controle de sua ansiedade ou nervosismo. O silêncio observador. O conselho exato aos mais jovens, e o respeito extremo ao trabalho. Tudo isso eu procuro em um intérprete e quando ele me apresenta tudo isso, eu vejo ali um ser que se destaca e deve ser aplaudido.
Dona Flica e seus dois maridos é um espetáculo de atores, cada um com seu estilo claro, com suas energias próprias. Lorenzoni por exemplo é um ator do público, ele sente a plateia, tira dali a temperatura do que fazer e as vezes eu diria que se vende um pouco demais aos objetivos do público. Casagrande é um ator de espetáculo, mais showman. Ele trouxe e disponibiliza o que tem, o público deve aceitar. Essa forma é bastante técnica. Novello é mais sutil, tanto nas escolhas, quanto na performance. E por isso toca, com uma escolha pontual do que fará, as vezes um pouco econômico demais. Já a interprete de Beatriz, as vezes parece insegura, ainda que mergulhe com uma força vital, quase colocando em risco alguns momentos em prol das gags.
Portanto quatro forças, que se assemelham cada uma ao estilo Meyerhold, Barba, Boal e Artaud. Cada um deles com suas técnicas embutidas. Interessante pensar que essa variedade de estilos e maneiras de trabalhar a arte dentro de si, é o que da a liga perfeita a um espetáculo.
É emocionante pensar no quanto a arte tem um efeito transformador nas pessoas. O espetáculo do Máschara não teve iluminação de teatro, não teve um preparo técnico de palco, ao contrário, foi uma apresentação simples, de gabinete, e ainda assim tocou profundamente a plateia. Méritos da direção e dos atores. Mérito também do roteiro e do timing. Um espetáculo é uma expressão semiótica, termo criado por Michel Foucault, ou seja, um conjunto de conhecimentos e técnicas que permitem distinguir onde estão os signos, definir o que os institui como signos, conhecer seus vínculos e as leis de seu encadeamento. A união das ações dos atores, de seu visual, das músicas, cenários, ambientação e das figuras criadas em cena, através da dita marcação. Por isso é tão importante que esse tipo de espetáculo seja apresentado em caixa preta.
Parabéns a equipe do Máshcara que tenta de todas as formas dar sentido as ideias da direção e tenta ao máximo contar as historias como eles são boladas, respeito com dignidade cada trabalho. Preciso dar parabéns a trilha sonora muito bem escolhida e as costuras feitas no texto. Talvez Casagrande e Jorge, pudessem tomar mais cuidado na hora da injeção. Talvez Jorge pudesse ficar mais cuidadosa com o texto final. De qualquer forma, é um grande espetáculo, que merece um palco de teatro.
Arte é Vida
Dona Flica e seus dois maridos
texto e direção - Kléber Lorenzoni
Elenco
Kléber Lorenzoni
Dulce Jorge
Renato Casagrande
Fabio Novello
Contrarregragem - Clara Devi, Ana Clara Kraemer, Kleberson Ben, Antonia Serquevitio
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