Como nossa tradicional
Crítica não pode estar conosco durante apresentações nas escolas de Rosário do
Sul durante o Em ceninha, eu vou colocar aqui um compilado resumido de ideias
sobre o que vi e o que espero ver crescer em Os Saltimbancos.
Para mim, sempre é o
momento de melhorarmos nosso trabalho, melhorarmos nossas interpretações,
melhorarmos a comunicação com o público. O espetáculo Os Saltimbancos foi
montado, concebido, em 2012. É um dos trabalhos mais comercializados por nosso
grupo e de uma forma fácil, logisticamente falando, leva o teatro a todos os
tipos de palcos.
Quem ganha é o
elenco: Alessandra Souza, Nicolas Miranda, Renato Casagrande e eu mesmo, já que
a cada nova inserção do trabalho, aprendemos mais, descobrimos mais os públicos
e desvendamos em nós mesmos, novas linguagens. Os espetáculos teatrais, em sua
maioria, estreiam com pompa e circunstância, em teatro, palcos, com iluminação,
enfim, com todo o aparato técnico necessário. No entanto, esses espetáculos
acabam por se prostituir quando precisam tomar as ruas. Quando precisam
sobreviver. Em pátios de escolas, em cima de caminhões, nas ruas... Sem
iluminação, com substituições muitas vezes inferiores ao trabalho do interprete
original.
Esse infelizmente na
maioria das vezes é o caminho do teatro. Mas é importante reconhecer que ainda
assim, ele é indispensável. Ainda que as gotas que cheguem aos palcos
alternativos sejam desidratas quando comparadas às estreias.
Para meus colegas
atores, faço um pedido: -Ainda que não haja camarim, ainda que o palco seja a
terra, que tenhamos o sol queimando nossas cabeças, sigamos! Tenhamos amor e
respeito por todos os públicos e usemos os dons que recebemos: comunicação e ciência, e sigamos, levando a arte.
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