1073-A Hora da Estrela (tomo VI)

 Abram as cortinas para um espetáculo excelente!


O diretor Cléber Lorenzoni conta atravéz de Alessandra Souza e Renato Casagrande, co-atores em A Hora da Estrela, a curta trajetoria de Macabéa, personagem escrita por Clarisse Lispector no século passado. A trilha sonora operada por Cléber Lorenzoni e com operação de Ellen Faccin nos empurra para um universo muito semelhante ao das décadas de 1uarenta e sessenta. A iluminação de Fábio Novello sofre em partes pela capacidade do espaço onde o espetáculo foi apresentado e não cumpre sua função. Alessandra Souza fica em vários momentos na sombra, quando se aproxima do proscenio. 

Figurinos bem escolhidos, cores, nuances, e caracterizações muito detalhistas, são a marca do trabalho conjunto do casal Lorenzoni Casagrande. O elenco brilha em interpretações que beiram a perfeição. Destaque para Laura Hoover com Marilyn Monroe e Alessandra Souza no papel tema. De qualquer forma, o elenco de apoio da um Show a parte. A esteante Carol Guma, e o ator Romeu Waier, atraem e surpreendem o público. Eliani Alésio, Raquel Arigony, Clara Devi e Antonia Serquevitio com presença e dominio de palco. Talvez a cena do pipoqueiro pudesse se aprofundar um pouco mais. Quando me recordo da ultima apresentação que assisti em Cruz Alta, percebo o quanto o espetáculo cresceu em improviso e intuição. 

A curva dramática se acentua em três cenas fortes muito bem orquestradas. Ópera, com a entrada dramática da tia interpretada por Dulce Jorge. Hospital com Romeu Waier grandioso e a cartomante com Cléber Lorenzoni rompendo padrões de comédia em meio ao drama. 

As vozes são altas e compreensiveis. Mas o que me faz admirar cada dia mais essa cia. é sua capacidade de se reinventar e ter forças para nos dar mais e mais. Uma semana de Os Saltimbancos e ainda o infantil A roupa nova do rei, dividiram suas emergias. O trabalho fisico, a dança, o emprego da partitura, os ritmos físicos, falam mais alto do que dita interpretação e nos enlaçam o coração. 

Douglas Maldaner como Olimpico, exagerou em alguns momentos mas também esteve muito bem, e muito interessante o quanto se parecia com Macabéa em cena. O final foi lindo, embora o casal poderia melhorar sua pseudo-valsa. Por fim, todas as questiúnculas que eu possa mencioanr aqui, são pequenas quando comapradas ao poder avassalador do todo e por isso é preciso lembrar que cada um em cena com suas duvidas, neuras, maquiagens e figurinos, são gotas dentro de um todo. Há uma historia sendo contada e ela que importa. 


O melhor: A curva do espetáculo que funcionou e muito

O pior: A leitura da ficha técnica que entrega no festival qualquer surpresa que pdoeriamos ter.


Cléber Lorenzoni (***)

Ducle Jroge (***)

Renato Casagrande (***)

Alessandra Souza (**)

Fabio Novello (*)

Ricardo Fenner (**)

Raquel Arigony (**)

Clara Devi (**)

Douglas MAldaner (**)

Laura Hoover (**)

Romeu Waier (***)

Carol Guma (***)

Nicolas Miranda (***)

Eliani Alesio (**)

Ellen Faccin (**)

Antonia Serquevitio (**)





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