IV - Recital Vozes com participação do Máschara

                          Música é meu prato preferido no que diz respeito a arte. Logo depois vem a dança, e então a pintura, a literatura etc... Todas é claro conectadas à arte cênica e portanto me atrevo aqui a dar meu ponto de vista. Perdoem-me se eu estiver um tanto ultrapassada, sou meramente uma senhora que acompanha os acontecimentos artísticos ao nosso redor. Observo através de revistas e jornais o que acontece no mundo. Frequento todo o tipo de espetáculo e para minha diáfana surpresa, o Máschara estava presente no recital vozes, da professora Andrea Rosa, a quem não fui ainda apresentada, mas de quem já me tornei fã. Não há como não admirar quem se entrega, mergulha de fato no fazer artístico e mais ainda, quem tenta criar possibilidades para que outros possam também se descobrir nos braços da arte. 
                            Em cena diversos aspirantes, cantores jovens e crianças. Como em qualquer espetáculo proveniente de uma escola, havia discrepâncias, alguns mais capazes outros menos. Alguns se portavam como artistas sobre o palco, outros apenas tentavam vencer seus medos... Perdoamos à todos, são alunos. A anfitriã da noite esmerou-se em figurinos diversos e lindas canções, das quais destaco a canção tema do musical de 1986 O Fantasma da Ópera, Não era uma atriz cantando, era uma cantora, mas ainda assim alcançou grande exito. Como professora capacitada que é, dividiu o palco com muita delicadeza com alunas e alunos. Sem exagerar em sua exposição, deixando os alunos brilharem. 
                                Durante o espetáculo algumas ações cênicas poluíram um tanto o palco. Excesso de pessoas sobre o mesmo. Por algum motivo havia dança acompanhando todas as canções, e como se não bastasse ainda havia um telão onde víamos cenas que sublinhavam o que acontecia no palco. Eu não apreciei, e como dica, aconselharia a rever esse pequeno exagero. As vezes eu gostaria de me concentrar apenas nos cantores, já que era um recital. Por outro lado, aplaudo a iniciativa de reunir as artes em um único espetáculo, de forma cênica e razoavelmente estruturada. 
                                   Alguns bailarinos deviam ser alunos, pois não estavam muito preparados, isso de certa forma divide opiniões, seria um espetáculo profissional, ou não? Penso que sim, já que havia um valor de ingresso. 
                                    Foi divulgado que o espetáculo começaria pontualmente e que as portas seriam fechadas de modo a ninguém mais adentrar o espaço, outro acerto. É preciso educarmos a platéia que não é pontual em detrimento daqueles que chegam na hora.
                                    O Máschara, grupo que muito admiro fez pequenas participações que deixaram um sabor de "quero mais". ABBA que já é a cara do Máschara, Dancing Days, que colocou sobre o palco quatro lindas e provocantes Drag Queens e ainda uma recepção na marquise, que foi prejudicada pelo  volume do som baixo que os acompanhava. Lá fora, uma caracterização lindíssima, com Clara Devi interpretando a doce Chritine Daaé. Fiquei encantada, mas não pude assistir toda a performance, pois a garoa fria assustava meus tornozelos. 
                                      O Máschara foi aplaudido com muita intensidade enquanto dançava Mamma Mia ao lado dos interpretes: João Alberto, Marla e Luciane. 
                                        Entre os cantores, grandes revelações e emocionantes interpretações, Dulce Jorge, João Alberto JuChem, o casal  de alunos que interpretou a canção de Fantasma da Ópera emocionou a todos, e certamente outras grandes   interpretações.
                                        Enfim uma noite de emoções, como bem cantou Luíz Euclides da Cunha Lopes. Um arrojo para nosso fim de ano. A parte técnica cometeu pequenos atrapalhos, artistas sem o microfone, contra-regras atravessando o palco em um tal de põe e tira pedestais, a falta dos nomes dos artistas que deveriam ser mencionados pelos protocolistas. A luz pouco capacitada para um espetáculo que necessita de uma luz muito bem afinada. Mas são detalhes que aos poucos serão vencidos, quem trabalha com eventos sabe que a cada ocasião novas arestas precisam ser aparadas, para se alcançar o trabalho exímio, a perfeição. 
                                          Meus sinceros parabéns à Cantora Andrea Rosa, a diretora de palco Karen Costa e ao Máschara. Três forças unidas em prol da arte.



                           Arte é Vida


                                                              A Rainha
                                             

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