Estava
ansiosa para chegar em minha casa e redigir está crítica, lembrando que não
estou aqui para criticar somente pois o que vi hoje me encheu os olhos. Como é
bonito de se ver novos atores cheios de vida e até mesmo de prepotência, sim o
palco é mágico, sagrado esconde tudo e todos, esconde medo, nervosismo,
insegurança, timidez, mas tem algo que exala, transparece, a presença cênica e
segurança dos atores mais velhos.
Renato Casagrande está incrível, não me lembro de outra peça que ele tenha protagonizado sozinho, pois sempre vejo Cléber Lorenzoni comandando a marcha. Renato devido a sua grandeza e tempo de teatro deixa alguns atores tão pequenininhos, problema será? Não sei, os atores que aprendam a nadar no seu ritmo com certeza melhorarão como atores. Adorei o trabalho corporal do elenco principalmente de Renato, Nicolas Miranda, Evaldo Goulart, Clara Devi e Laura Hoover, está última uma dama do palco cruz-altense me lembra muito uma de suas personagens louquinhas do espetáculo querido Ed Mort, que adoro, sim acompanho o Máschara há muitos anos já participei até de algumas peças infelizmente hoje não posso mais devido a um problema físico, mas estou sempre atenta inclusive a algumas referências de algumas peças do grupo presentes em o hipocondríaco, alguém lembra da fala “Esse sim é o médico que deveria ter vindo ao mundo há muito tempo” ou fala do Doutor boa morte que diz “Não faz mal, não faz mal” adoro Esconderijos do tempo, vou estar presente no próximo domingo no Palacinho não perco por nada.
Mas onde estávamos, voltamos a Laura sua personagem deu um ar
cômico característico da atriz, incrível, brilhante mesmo com poucas falas. Não
pense que me esqueci de você Clara Devi enfrentou cenas com Alessandra Souza
não deixou a desejar nada, suas entonações levaram eu e o público todo a risos
seguidamente, Alessandra como boa atriz comandou a cena, dona de si sabe o que
faz, acredito que o dia foi mesmo dos alunos. Nicolas deu um show de expressões
faciais e corporais o público estava em suas mãos, Laura Heger comandou,
liderou me lembrou quase eu disse quase a incrível Caroba de Dulce Jorge, Dulce
minha querida você nos encanta o teatro deve tanto a você e a seus fundadores,
chegou para dar um acabamento final, fechar com chave de ouro. Gostei de Stalin
Ciotti está mais amadurecido em cena, sua confiança exala um grande ator,
merece estar ali. Quero falar da pequena Luiza, querida obtinha falas importantes
te indico um pouco de trabalho vocal lhe ajudará bastante, eu estava um pouco
distante não a escutei muito, entendo as dificuldades de cada um, entendo o
tempo também, mas tomem cuidado as pessoas são atentas, achei algumas cenas
longuíssimas, como por exemplo, a de Alessandra e Clara, uma pessoa do meu lado
bocejava aahhhhh!!! Fiquei assustada, mas foi só no começo acho que depois o
espetáculo decolou e fez a sua curva. Maria Antônia e Ellen fazem a sua parte,
uma dica para Maria ter mais intenções, Ellen estava bem segura de si, arrancou
muitas risadas. Levo comigo a cena em câmera lenta, que achado, ficou incrível,
o público foi ao delírio. Quanto à sonoplastia e a luz estavam bem pontuais
fizeram seu papel na ludicidade das cenas.
Confesso
que demorei um pouco para deglutir e entender tudo o que vi e fiquei
maravilhada, que figurinos mais lindos, cênicos, com unidade, o espetáculo me lembra
muito a Commedia Dell Art, Renato me lembra gestos corporais de Cléber não vejo
problema, Cleber é uma fonte de inspiração que todos bebem, mas cuidado bebam
com moderação, se inspirem ele é ele. E para o fim, mas não menos importante
Cléber Lorenzoni resumi o que é jogo, triangulação, técnica, entonações,
expressão corporal, facial, resumindo a esfera do ator inteira em poucas cenas,
tu és brilhante. Hoje vim para casa satisfeita, com orgulho, o Máschara está
mais vivo do que nunca, vida longa aos atores, vida longa ao Teatro, cuidem de
sua saúde, fiquem com os Deuses e até a próxima.
Com
carinho “Irmã Bernadete”.
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