Uma conversa com Cléber Lorenzoni (diretor do Máschara) sobre o projeto Corpo em Ação

Cléber, o público cruzaltense que vai ao calçadão nos sábados pela manhã, tem se surpreendido com mais uma iniciativa do Grupo Teatral Máschara, certo? Fale sobre o Corpo em Ação.

Então, nós do Grupo estamos sempre procurando, criando, discutindo ações que tenham por objetivo primordial sacudir o nosso público. De alguma forma queremos sempre estar tocando as pessoas, quando aprece que nos aquetamos, lá vamos nós com outra ideia. A ideia da vez é levar dança, musica e um pouco de colorido ao calçadão nas manhãs de sábado. Para que quem passe pelo centro, sorria um pouco mais... Nesse primeiro momento optamos pela dança interpretativa. Coreografias de bandas famosas. 

E por que essa opção pela dança e não pelo teatro?

Por vários motivos, primeiro por que eu ainda pequeno queria ser bailarino, fiz parte de muitos grupos de dança e meu trabalho todo é de construção de um ator que tenha um corpo dançante. Segundo por que um espetáculo apresentado na rua, necessitaria de um tempo maior do olhar do público. E as vezes as pessoas estão com pressa, indo às compras, ou pagar contas e entre uma loja e outra, poderá ser surpreendida com uma coreografia de quatro ou cinco minutos... O suficiente para ela sorrir, se divertir e quem sabe ousar dar uns passos conosco...

E vocês passam o chapéu, após as coreografias, certo?

Sim, sim, nossa intenção não é dar dinheiro de ninguém, mas roupas, calçados, maquiagens, tem custo, então a gente coloca ali uma caixinha, para que caso alguém queira colaborar para manter a ideia, possa depositar algum valor, uma ajuda.

O que é muito justo...

Também acho (risos), é um trabalho como qualquer outro, a única diferença é que não temos um "comprador", mas na verdade estamos ali trabalhando em prol de uma cidade melhor. É nosso artesanato... Fazemos com as mãos, com nosso corpo...

E pretendem manter essa ideia por quanto tempo?

Enquanto tivermos forças e não nos tirarem da rua... Algumas pessoas até já nos pediram musicas especificas e tal. De certa forma surgiu como uma coisa, mas pode se tornar uma outra, depende do público... O importante é agir! Fugir da estagnação.

Parabéns, e que venham muitas outras iniciativas!

A Rainha

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