Por Ana Paula Furlanetto (aluna de ESMATE) critica de A Maldição do Vale Negro



A peça apresentada pelo grupo teatral Maschara no dia 08 de novembro de 2013 conta aparentemente uma história trágica, mas no desenrolar dos acontecimentos uma sátira fica bem identificada, em situações mais ou menos engraçadas. Os atores enfatizam bem os detalhes de seus personagens, que neste caso um mesmo ator faz mais de um personagem, mas em cada um deles conseguem transpor tudo que envolve suas respectivas personalidades, com detalhes visuais e textuais. A sincronia dos personagens era muito tranquila, podendo amenizar certas falhas ou imprevistos que se declaravam em alguns momentos, acabando por se tornarem engraçadas.
Quando chegou-me a informação que a peça seria um pouco longa, a primeira coisa que me passou foi que seria bastante desgastante para os atores, confirmado no final vendo como estavam cansados, mas ao mesmo tempo em nenhum momento deixaram transparecer em cena, o que acho fazer diferença mesmo algumas vezes a Rosalinda , a cigana e o conde terem que ficar bem na frente, aonde haviam dois holofotes grandes que  passavam nitidamente muito calor para quem estava em frente. A narrativa feita com som mecânico, para melhor entendimento da peça estava baixa, sendo que fui perceber que eram informações importantes tempo depois perdendo detalhes iniciais.
Em relação à estética visual, não vi grandes faltas no cenário e na vestimenta somente pequenos detalhes que no decorrer da peça apareciam e por estar bem na frente podia repara-los. A iluminação poderia estar favorecendo melhor os atores, enfatizando cenas principais da peça; Gostei da maquiagem e das trocas de figurino que realmente eram muito bem feitas, reutilizando ao máximo uma da outra encaixando com seus personagens.
Voltando a duração do espetáculo, por ser uma peça longa, acabava por desviar a atenção do público em alguns momentos tirando o foco do espetáculo. Em uma visão geral, estética, conseguir entrar na história que está sendo apresentada é simplesmente o resultado de um conjunto de tudo, que possa valorizar a época proposta pela peça e o valor social de cada personagem, auxiliando na identificação dos objetos que se dispõe no palco. Acrescento que poder vivenciar por alto uma história que não se conhece em sua forma mais orgânica, é simplesmente muito inspirador e criativo. Realmente em uma peça de teatro, aonde existam atores que se propõem passar uma mensagem, merece cuidado com relação aos detalhes que, podem parecer não importar, mas na hora fazem uma grande diferença. Em relação a isso vejo a necessidade da sintonia dos atores com aquilo que eles fazem de melhor e que gostam, para que se algo não estiver dando certo em algum momento da preparação do espetáculo, ou não sair como esperado em relação ao desempenho geral dos atores em toda a duração da peça, que sobre a alegria de estar entre amigos e que com eles passe a melhor forma do teatro que eles merecem ver, lembrando que chegará de maneiras diferentes em cada um.

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