Os Saltimbancos Margarida Pardelhas

                Os olhinhos dos alunos do tradicional Margarida PArdelhas, brilharam de emoção, alegria e satisfação, assistindo Os Saltimbancos. As crianças riram, participaram, cantaram, aplaudiram enchendo de alegria a equipe do Máschara. O grupo já havia se apresentado na escola em 2007 e em 2008, com Esconderijos do Tempo, Lili Inventa o Mundo, Tartufo e O Castelo Encantado. A intenção do grupo é levar teatro para as crianças em um época em que todo mundo está tão preocupado em faturar, ganhar dinheiro, que nem a arte escapa mais das investidas de mercenários que esqueceram que em primeiro lugar vem o público. A arte é sim um produto, mas por trás dela está a cultura e esta é direito e necessidade de todos os povos. Não quero aqui fazer demagogia e dar a entender que o Máschara não pretenda faturar com seu trabalho, afinal grande parte de sua equipe tenta viver do teatro. No entanto é impossível não perceber suas iniciativas quase filantrópicas em nossa cidade. Um belíssimo espetáculo, de produção caríssima sendo apresentado no valor de três reais por criança é uma oportunidade única!
                            O espetáculo estreou há três semanas, no entanto seu elenco apresenta-se maduro, extremamente preparado. Gabriel Wink comunica-se com o público com extrema facilidade, fazendo as crianças participarem, opinantes e interessadas. As maquiagens são brilhantes. E mesmo o espaço pequeno do auditório da escola presta-se perfeitamente para a encenação e não tira o brilho do espetáculo. Esses anos de Máschara tornaram o grupo preparado para qualquer tipo de palco. Alessandra Souza está a cada apresentação mais afiada com sua galinha, faltando apenas algo de novo em seu cacarejar. Embora a construção e lapidação da interpretação esteja aguçadíssima. Renato Casagrande e Cléber Lorenzoni dão show a parte em sua briga de gato e cão. Foram duas apresentações em uma mesma tarde e já vi muitos grupos fazerem a primeira muito bem e na segunda estarem cansados. O Máschara esquenta a engrenagem na primeira e na segunda vem explosivo e marcante. 
                            Haverá o dia em que o teatro do Máschara não mais nos encherá os olhos, não mais regalará as crianças, envolverá os adultos, emocionará os públicos e honrará nossa mui leal cidade. Mas não pensemos nisso agora, apenas abramos espaço para esses atores empedernidos, pois o teatro pede passagem e pode sim muda o mundo. 







Gabriel Wink ***,**
Alessandra Souza **,**
Cléber Lorenzoni*,**
Renato Casagrande **,***
Gabriela Varone ***,**

A Rainha


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