O Castelo Encantado Em Antonio Prado - Análise 17/09/2011

O Circo encantado no castelo encantado do mundo encantado........




Elenco: Angélica Ertel, Cléber Lorenzoni, Gabriel Wink, Renato Casagrande, Alessandra Souza e Newton Moraes
Sonoplastia: Luis Fernando Lara




         Nossa, quanto encantamento, e como disse o Sr. Mágico, que vontade de ser criança... Da última vez que analisei O Castelo Encantado, pensei que o espetáculo estivesse se aposentando, o que não aconteceu, ótimo, pois do contrário as crianças, criancinhas e crianções de Antonio Prado perderiam essa ótima alternativa de diversão em uma tarde quente da serra. Muita coisa mudou, todos mudamos, os artistas mudaram, o cenário mudou, o espetáculo mudou e para melhor, ao menos, o espetáculo.  No lugar da antiga caixa com rodas, havia agora uma tenda, cheia de entradas e saídas que até me lembravam o picadeiro de um circo que assisti na infância.
          O Castelo Encanto encanta pela facilidade com que as coisas tomam forma. E se para os adultos as vezes parece meio sem pé nem cabeça, para as crianças tudo não passa de um desfile de heróis muito verossímeis. Super Capitão tormenta, Super Ursinho, Super Leitão, e o próprio Basílio que quase virou uma super Borboleta. A adaptação da obra infantil de Erico Verissimo é divertida e cheia de ação, não dá tempo de enjoar, não dá tempo de se cansar... 
            O inicio de O Castelo Encantado assemelha-se muito ao de Lili Inventa o Mundo e diria que comparado ele até é mal feito. Mas o decorrer da historia em nada se compara. Rosa Maria é uma menina que está aberta a descobrir coisas, fazer novas amizades, começa meio duvidosa, cética, mas logo se deixa levar. Angélica Ertel compõe muito bem a menina observadora, seu falsete de criança pequenina conduz muito bem  a historia, embora eu me pergunte por que ela não sai do público ao invés de fazer parte dos contadores de historia...E aí chegamos a contradição musical. "A Rosa Maria... é quem vai contar...?" Não, me perdoem, quem conta não é ela, ela é como a platéia, observadora, nada passiva é claro, mas platéia! 
               A trilha sonora ainda se divide em música cantada e musica eletrônica. Decidam-se, uma vai contra a outra. Isso sem falar que o sonoplasta quase pôs tudo a perder nas duas apresentações. Técnicos de luz e som, precisam acompanhar os ensaios para exercerem com maestria seu trabalho.
                 O elenco masculino estava ágil e com boa proporção vocal e Newton Moraes estreou direitinho em Rafael  e Bonequinho Ruivo. As personagens de Cléber Lorenzoni são muito bem construídas, todos uma nuance de seu clown. Mas o público não tirava mesmo os olhos do anãozinho briguento do circo encantado, do castelo encantado do mundo encantado! Alessandra Souza e Renato Casagrande estiveram bem, ele com muito corpo, ela sutil, tímida demais para uma atriz. Mas diverti-me muito com o Ursinho Chocolate. Gabriel Wink tem mais potencial escondido, só não sei por que teima em não trabalhá-lo. Atores Prúúúúllll! 
                   Que continuem apresentando O Castelo Encantado, que joguem, que desenvolvam as personagens. Espetáculos são para serem vistos, são para tomar o mundo!


Aos atores: Angélica Ertel o céu
Alessandra Souza, Cléber Lorenzoni, Gabriel Wink, Renato Casagrande, e Newton Moraes a terra
Ao sonoplasta: o Xeól


        
                     

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