Essa é a sensação que tenho sempre que vou ao teatro. Eles ficam alí, anciosos que seja uma comédia, ou que os atores errem, ou que gaguejem, enfim, por vezes da a nítida impressão de que o ator esteja frente a inimigos.
Em O Incidente de sexta feira pela manhã, me perguntei, o que o público queria, provavelmente rir, ou deixar-se levar pela historia? Eles riram sim, quando era o momento de rir, mas nos momentos mais intensos, digamos assim, eles entraram na historia mantendo-se conectados, concentrados. Afinal o público é um outro elenco que atua junto!
Para mim o teatro perdeu o público que mais devería cativar, os adolescentes. Dos onze aos dezoito não conte com eles. A adolescencia não é uma época da vda, é um estado de espírito e dos piores. Mas naquela aprsentação, alunos pareciam inebriados pelos sete mortos de Antares. A tal ponto de aplaudirem o Pudim de Cachaça em cena aberta. E assim Diego Pedroso teve mais esse memorável premio no inicio de sua carreira. As professoras que assistiram a incurssão da manhã me pareciam inteligentes, dispostas, conhecedoras da obra de Erico Verissimo.
O teatro não começa no palco, começa quando um esptáculo é escolhido, quando seu figurino é desenhado. O Teatro próvém de uma base muito sólida e quando o ator pula essa parte, ou não gosta de toda a base necessária para o bom trabalho, está maculando o real intuito dessa arte.
Agora uma pergunta, na platéia mais de quinhentas pessoas. Nada de iluminação, equipe de luz do local totalmente depreparada para a sonorização de um epetáculo teatral. Microfones impedindo o trabalho corporal dos atores. Carros de som passando ao lado da feira, gente comercializando livros. Crianças brincando com balões e sinos tocando. Isso ainda é fazer teatro? Quanto merecem esses atores?
É por isso que minha admiração pelo Máschara ultrapassa montanhas. O teatro que o Máschara faz, da forma como faz, é um dos pouco que restaram com a noção de querer pensar primiramente no público. É teatro com dedicação e coragem! Com anulação! A esses jovens o céu!
A Rainha
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