Diário de Bordo XIII - Ed Mort no 34º Cena às 7

Quem vive de passado é museu!!!

          Quem disse essa frase com certeza não freqüenta museus e nem ao menos percebe o valor que eles tem na nossa vida. Relembrar, valorizar, deixar-se conduzir pela nostalgia, tudo isso me parece tão agradável. São as lembranças boas que dão força para continuar...
             Hoje o Cena às 7 teve gostinho de saudade, no palco Marcele Franco, atriz que eu nem esperava rever atuando, Tatiana Quadros que aos poucos se despede da compania, na assistência: Kauane Linasse, que rapidamente passou pelo Máschara, Kellem Padilha, a eterna Shirley Terezinha, e Luis Fernando Lara que foi quem deu nome ao personagem Luisinho de O Feriadão. Todos alí, agrupados àquele clima de recordação. Hoje me perguntei qual é o verdadeiro sentido do Cena às 7, aí tirei novas conclusões, ele também é uma forma de levar os artistas do teatro paras a Casa de Cultura de Cruz Alta. E gostaria de rever tantos outros... Tantos outros que estão por aí mas que não serão esquecidos. O esquecimento é o pior castigo que alguém pode receber. A vontade de ser eternizado, de não passar em branco, de não ser esquecido faz parte da gama de desejos de nossos artistas.
Apesar do frio e da chuva, o público se fez presente e o elenco não deixou a desejar. Dulce Jorge ainda mais sensual voltou agora remodelada, e convenceu ainda mais dentro da proposta. Ricardo Fenner cada dia com mais química, criando ótimas conexões com os outros atores. A dobradinha com Cléber Lorenzoni que tão bem se apresenta em A Maldição, continua tão viva quanto sempre.
                 O espetáculo Ed Mort tem um texto simples, de fácil compreensão. O público ri agradavelmente. E grande parte da comicidade está nas gags do personagem título. Cléber Lorenzoni de Edna é um personagem a mais, uma carta na manga que faz o público ir ao delírio, como se fossem dois espetáculos. Um antes da transformação e outro após.
                  As crianças estão mais vivas, Alessandra Souza um pouco afoita. É preciso compreender sempre o foco da cena. Saber atrair a atenção da platéia sem estragar piadas... Houve quedas, perdas em cena, resvalões, mas tudo muito bem resolvido, como o momento da "queda capilar".
                      Enfim, foi mais uma agradável noite de teatro, para os admiradores e creio que para o elenco. Foi noite de lembrança. Foi uma ótima ída ao museu, pois lá ficaram guardadas as melhores coisas, as que mereceram ser imortais...


                                                                                   A Rainha

Comentários

  1. Eu lembro que quando eu era criança, ir ao museu sempre parecia uma aventura excitante... Hoje em dia, para muitas crianças é um tédio ou uma distração com coisas estranhas e alheias, perdidas no tempo. Seria bom mudar isso..
    Gostei muito do que você falou sobre a memória, sobre não passar em branco; se aproxima muito com o que escrevi na minha dissertação de mestrado, que foi sobre um antigo grupo de fotógrafos de Porto Alegre.
    E quanto ao teatro, tudo de bom, você são "maraaa". Merda, sempre!

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  2. "Quem gosta de passado é museu!" É realmente me lembro dessa frase sendo dita, e concordo plenamente com a importância que os museus têm, afinal de contas do é lá que está o registro e salvo boa parte do passado, assim como a Casa de Cultura Justino Martins em Cruz Alta que faz parte do passado do Grupo, ou seria ao contrario? Bem o que é indiscutível é o falto de que poder ver e estar todas essas pessoas reunidas novamente mesmo que por pouco tempo foi sem duvida um das melhores viagens ao passado(ou visita o museu) que fiz nos últimos tempos, tantas pessoas importantes em um lugar único, realmente ainda havia espaço para muitas outras pessoas que tambem colaboraram para o belíssimo acervo que conta a historia do Grupo Máschara e da Casa de Cultura. Espero poder compartilhar muitas outras vezes momentos como esse, afinal, como já foi dito: Recordar é viver.

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