Diário de Bordo V - O Castelo Encantado em Capão da Canoa

Pontes que sobem e descem...

O Teatro é absurdamente magnífico, já que é a arte do momento, já que nos surpreende a todo o instante. O que eu vejo hoje, ninguém mais verá amanhã, no outro dia, haverá sobre o palco, outro espetáculo, outras cenas, outras micro-ações, salvo quando os atores são papagaios robóticos que repetem tudo igual dia após dia.
A colcha de retalhos de O Castelo Encantado extende-se pela narrativa até os figurinos, delicadamente desenhados por Dulce Jorge. Os versáteis atores, transforman-se rapidamente apenas com o auxílio de uma cortininha, e de dentro da "carroça" da trupe, saltam porquinhos, elefante, ursinhos, crianças medonhas e uma infinidade de tipos de existência curta que formam a historia da visita de Rosa Maria ao Castelo Encantado.
O espetáculo propõe a viagem de uma menina depois que ela começa a ler um livro, ela se perde no mundo encantado da leitura, das historias infantis e aos poucos vai encontrando várias figuras que povoam a obra infantil de Erico Verissimo.
Hoje eu vi jogo, os atores foram rápidos e tudo parecia colaborar para um melhor entendimento da cena.
Gabriel Wink parece ter encontrado seu lugar e me surpreendeu diferenciando muito bem cada um dos seus quatro personagens. Renato Casagrande começa a estar presente em cena como um ator profissional e Angelica Ertel soube nos apresentar uma coesa Rosa Maria, tão sutilmente diferente de sua personagen infantil anterior.
O Castelo Encantado é um espetáculo delicioso e se seguir pelo caminho que vi hoje se tornará rapidamente um espetáculo inperdível como Lili Inventa o Mundo.

                                           A Rainha



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