Chega de bullyng...
Escrito em 1969 por Ziraldo, Flicts é um texto extremamente atual, escolhido com sucesso pela Cia. Ateliê da Rua. Todas as cores têm seu lugar ao sol, todos têm um dom e uma importância. Todos têm luz propria! Sobre essa premissa, Elisa Lemos desenvolve sua ideia como diretora e por que não dizer dramaturga, já que a ela coube a adaptação do texto, que sim, precisa de algumas revisões. As crianças apaixonam-se pelo colorido e pelas situações propostas, palmas para William Follmamn e Douglas Leopold, que como Listrados, adentram o palco levantando a assistência. Destaque ainda à Milena Rubin interpretando com muita presença a personagem Redson e à Elisa Lemos pela exuberante "professora".
As cenas são curtas, simples, sem muitos desenhos, ou circunlóquios, talvez o mise en scene pudesse ser mais aprofundado e a voz pudesse receber um pouco mais de potência. De toda forma, é maravilhoso ver um grupo de jovens arriscando-se, esforçando-se, batalhando pelo teatro. Colocar algo sobre o palco para ouvir uma banca fazer uma analise, requer humildade e desprendimento.
Gosto de pensar que um festival de teatro seja como um museu e cada grupo pendura sua tela nas paredes desse museu. Entre os visitantes estão os curadores do museu, a banca de jurdos. A eles cabe observar cada obra, estudá-las e indicar quais irão para os salões de arte. Ora, uma tela é um quadro em branco, onde o diretor deposita seus traços, molda seus atores e ideias. Parabéns ao grupo Ateliê da Rua por nos trazer sua obra e nos darem o privilegio de analisá-la.
Cléber Lorenzoni - crítico teatral
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