Um Conto do 100 cena
Um jovem, sem idade aparente,
quer ser integrante do grupo 100 Cena. O porquê alguém iria querer fazer
teatro, é uma incógnita. Sofrer, lutar, sacrificar-se em nome da tal “arte”, a
troco de uma ideia e de uma chama inexplicável que arde dentro de nós. Pois
bem, na ausência de um narrador, o jovem e seu fantoche, conseguem assumir um
lugar de fala, dali comenta e interage com o restante do elenco.
Há em Era uma vez... um grande de
número de equívocos que se dão pela ausência de uma dramaturgia funcional.
Sabe-se de onde vem as personagens e quais suas motivações, no entanto, as
intenções e os signos propostos se confundem muitas vezes, assim como também se
confundem alguns signos.
Fadas, bruxas, duendes, criaturas
que habitam nosso consciente infantil e que sempre nos atraem, pela ingenuidade
e até mesmo, pela nostalgia que propõe. Mas o diretor optou por jogar tudo em
um grande liquidificador, o que produz um efeito confuso na maioria do tempo. O
elenco demonstra uma facilidade em pegar o público e este se entrega,
participa, agrega, e devolve com carinho a tudo o que é proposto( destaque aí,
para Iva Dallabrida. Isso contudo, pode ser perigoso em alguns espetáculos, principalmente
se a os atores não tiverem capacidade de conter no decorrer da apresentação a
turba que se apresenta.
A iluminação foi razoavelmente
pensada, e produziu bons focos. Curiosa a escolha da banda RBD, como tema
central, talvez o sucesso e a representatividade dos jovens da banda mexicana e
posteriormente brasileira, tenha a ver com o lugar onde o 100 cena queira
chegar. Jean Devigili possui garra, interesse e dinâmica, por isso mesmo merece
alcançar sucesso o que virá com estudo e prática.
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