Já se falou muito nos anos de ouro do teatro Cruzaltense, quando aqui havia um teatro, quando grandes companhias vinham para cá direto do Rio de Janeiro, sabe-se que em remotos tempos, um grupo de jovens Cruzaltenses montaram Édipo, tendo no elenco Amparo Bálsamo e o jornalista Paulo Pinto, com figurinos de D. Gioconda.
Isso se perdeu infelizmente e as novas gerações de jovens da terra da panelinha mal sabiam o que era teatro. Nos idos de 1991, um novo grupo de famigerados pela arte embrenhou-se nas cortinas do teatro e começaram o que hoje seria o Grupo Teatral Máschara. Giane Ries, César Dórs, Vera Porto, Nádia Régia, Dulce Jorge e outros tantos, Marli, Thire, Janaína, Dudu, Dão, e ali vão-se mais historias, mais situações, mais lutas, ou talvez nem soubessem que lutavam, apenas faziam... E por que? Por que amavam, por que eram loucos apaixonados, amantes, desejosos de questionamento? Não sabemos, talvez quisessem fazer a diferença. O tempo foi passando e Cruz Alta foi presenteada com várias linguagens artísticas, com teatro nos bairros, com performances mil. Alguém deve lembrar-se que no começo da década de noventa constantemente haviam jovens fazendo "sombras" nas pessoas pelas ruas da cidade. Devem lembrar também das rifas vendidas nas sinaleiras, devem lembrar das famosas Estátuas douradas e Prateadas que encantaram em muitos natais. Com certeza as crianças já esqueceram do espetáculo Bulunga O Rei Azul que a preços simbólicos levava alunos das escolas a preços simbólicos até a Casa de Cultura para ver teatro. Mas o tempo passou... E os ventos nos trouxeram os anos 2000. Não foi o fim do mundo como se esperava, mas foi o inicio de um novo ciclo.
Isso se perdeu infelizmente e as novas gerações de jovens da terra da panelinha mal sabiam o que era teatro. Nos idos de 1991, um novo grupo de famigerados pela arte embrenhou-se nas cortinas do teatro e começaram o que hoje seria o Grupo Teatral Máschara. Giane Ries, César Dórs, Vera Porto, Nádia Régia, Dulce Jorge e outros tantos, Marli, Thire, Janaína, Dudu, Dão, e ali vão-se mais historias, mais situações, mais lutas, ou talvez nem soubessem que lutavam, apenas faziam... E por que? Por que amavam, por que eram loucos apaixonados, amantes, desejosos de questionamento? Não sabemos, talvez quisessem fazer a diferença. O tempo foi passando e Cruz Alta foi presenteada com várias linguagens artísticas, com teatro nos bairros, com performances mil. Alguém deve lembrar-se que no começo da década de noventa constantemente haviam jovens fazendo "sombras" nas pessoas pelas ruas da cidade. Devem lembrar também das rifas vendidas nas sinaleiras, devem lembrar das famosas Estátuas douradas e Prateadas que encantaram em muitos natais. Com certeza as crianças já esqueceram do espetáculo Bulunga O Rei Azul que a preços simbólicos levava alunos das escolas a preços simbólicos até a Casa de Cultura para ver teatro. Mas o tempo passou... E os ventos nos trouxeram os anos 2000. Não foi o fim do mundo como se esperava, mas foi o inicio de um novo ciclo.


A intenção era bem simples, criar um teatro dentro da Casa de Cultura Justino Martins. Mas como assim? Lá já não era um teatro? Não! Lá é um auditório construído provavelmente para palestras ou grandes reuniões. Mas o Máschara queria que Cruz Alta tivesse um espaço que oferecesse teatro frequentemente ao público da cidade. Para formar o hábito, para desenvolver em crianças e adultos o interesse pela arte cênica. Para que os artistas cruzaltenses pudessem mostrar seu talento e provar que pode haver teatro como profissão no interior.
No começo foi difícil, algumas edições do Cena às 7 tiveram menos de 10 pessoas na platéia. Mas Cléber Lorenzoni não desistiu. Continuo, lembrando de toda a historia lá para trás, ele queria dar um passo a mais. Hoje estamos as vésperas da quadragésima edição do cena às 7, no sexto ano de sua existência. E o público? Aumentou e muito! Os patrocinadores foram chegando! Os apoiadores foram se somando e agora há teatro em Cruz Alta. Não que não houvesse Sempre existiu, os grupos de fora adoram vir a Cruz Alta mostrar seu trabalho Global ou capital, mas agora há o teatro daqui, com jeitinho daqui, que conhece o público daqui.
Ricardo Fenner, Ducle Jorge e Cléber Lorenzoni, apoiados pelo resto do time, conseguiram vencer as dificuldades de atrair as pessoas e esperamos sinceramente que um dia, talvez tenhamos em Cruz Alta um espaço realmente voltado par ao teatro. Um curso superior de artes-cênicas, um pólo de teatro.
Domingo assisti o espetáculo A Maldição do Vale Negro. Três atores, três verdades, sete personagens. Caio Fernando Abreu do avesso e bem mais interessante. Não que o original não o fosse, mas essa nova roupagem me atraiu muito. Pois para mim, o mérito de se remontar milhares de vezes um espetáculo, é sua capacidade em recontar de novas formas, uma mesma história.
O público amou. Rosalinda e Úrsula a condessa louca, estão imortalizadas no imaginário do público, e a cigana Jezebel foi digna de ser aplaudida em pé. Os personagens masculinos estavam um pouco simplórios. O conde Maurício por exemplo já esteve muito mais intenso. Mas a frase final do Marquês, dita com tanta verdade pela primeira vez, foi realmente o que valeu a noite fria.
A sonoplastia foi bem executada por Diego Pedroso e Marcele Franco, voltou depois de tanto tempo para mostrar suas qualidades de ótima iluminadora. Enfim. Noite de gala.

A RAINHA
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